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Conselho Técnico da Série A de 2023

Os dirigentes dos 20 clubes se reuniram na sede da CBF, no Rio. Foto: Rafael Ribeiro/CBF.

O Brasileirão tem a mesma estrutura de disputa desde 2006. Ou seja, com 20 clubes, no formato de pontos corridos e com o rebaixamento de quatro times. A diferença sempre foi no número de vagas às copas internacionais, numa definição da Conmebol. Foram 17 edições assim até a temporada passada. E também será assim em 2023. Por um triz, mas será. Num movimento bem conveniente, justamente na reunião do “G12” na primeira divisão após três anos, os clubes estavam articulando a redução imediata do número de rebaixados, de quatro para três. Ou seja, o 17º passariam a permanecer, com os demais no “Z3”.

A notícia circulou na véspera do conselho técnico, antecipada pelo UOL, com a intenção de aprovação já para este ano. É preciso destacar esse “imediatismo” porque a ideia não é exatamente nova. Já se falava na implantação disso a partir de 2025, quando começará um novo acordo de transmissão na TV, hoje numa disputa entre as duas ligas nacionais criadas recentemente, a Libra (com 11 clubes nesta edição) e a Forte Futebol (com 9 times). Ajustes são importantes e eu, particularmente, acho interessante o modelo com Z3 em vez de Z4, possibilitando uma maior estabilidade, em vez da disputa frenética que rebaixa 20% da lista. Entretanto, com o tempo necessário para a preparação de todos, e não só aqueles da elite.

O risco de judicialização

Ao querer isso a dois meses para o início do BR, o arbitral geraria uma reação em cadeia nas demais divisões e no planejamento de outros 104 clubes. Começando pela Série B, cuja reunião marcada para o dia seguinte teria que confirmar um “G3” em vez do tradicional “G4”. Em off, a reportagem do UOL apontara que os clubes favoráveis à ideia enxergavam a “legalidade” na implantação já em 2023, sem risco de judicialização por parte da Segundona. Estranho seria se dissessem o contrário. Ainda que tenham essa visão, nada garantiria isso. Nada mesmo. Seria mais fácil imaginar dois meses de impasse do que a aceitação plena.

Inclusive, durante o conselho técnico da Série A, os clubes da Série B divulgaram uma nota unânime como oposição. Natural também. Cá pra nós, uma proposta dessa no ano passado, tendo Cruzeiro, Grêmio e Vasco na B, provocaria risos no arbitral. Diante do imbróglio, a CBF usou o Estatuto do Torcedor para esfriar o pleito, já que os regulamentos das últimas duas divisões ainda não têm dois anos de uso. Assim, a pauta nem chegou a ser votada, como informa Martín Fernandes, do Globoesporte. Contudo, tenha certeza, em breve será…

O que realmente mudou em 2023

Apesar da ideia rechaçada, por hora, outros pontos foram abordados na reunião sobre a Série A de 2023, com Fortaleza e Bahia presentes. Um deles foi o aumento de 5 para 7 estrangeiros por time. Considero esta abertura produtiva. Além disso, visando o combate ao racismo, a CBF anunciou a punição via Regulamento Geral de Competições, aplicável nos seus torneios. Em caso de ato de racismo, o clube será punido com multa em dinheiro. Em caso de reincidência, segue com perda de mando (2º caso) e até de pontos (3º caso).

Os 20 participantes da Série A
América (MG), Atlético (PR), Atlético (MG), Bahia (BA), Botafogo (RJ), Bragantino (SP), Corinthians (SP), Coritiba (PR), Cuiabá (MT), Cruzeiro (MG), Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Fortaleza (CE), Goiás (GO), Grêmio (RS), Internacional (RS), Palmeiras (SP), Santos (SP), São Paulo (SP) e Vasco (RJ)

Clubes que ficaram em 17º entre 2006 e 2022
Dos 17 campeonatos anteriores, considerando os times que ficaram na 17ª colocação na 38ª rodada, os clubes do datado “G12”, que soma os grandes de SP (4), RJ (4), MG (2) e RS (2), caíram em 5 edições. E olhe que foram 3 nos últimos 4 anos, num bom indicativo sobre a aceleração do debate. Mas em 2023 continuará havendo “Z4”. Abaixo, o histórico do 17º em ordem cronológica.

2006 Ponte Preta; 2007 Corinthians; 2008 Figueirense; 2009 Coritiba; 2010 Vitória; 2011 Athletico-PR; 2012 Sport; 2013 Portuguesa; 2014 Vitória; 2015 Avaí; 2016 Internacional; 2017 Coritiba; 2018 Sport; 2019 Cruzeiro; 2020 Vasco; 2021 Grêmio; e 2022 Ceará.

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Abaixo, o comunicado do Vitória, o mesmo de outros clubes da Série B. Qual é a sua opinião?


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