O ponta Cristiano, da base, foi uma das novidades de Severo. Foto: Anderson Stevens/Sport.
O Sport finalizou no jogo contra a Chapecoense? Sim, 20 vezes. Conseguiu acertar a barra? Sim, 7 vezes. Balançou as redes? Não, passando em branco pela 4ª rodada seguida. Desta vez diante da lanterna da competição, que faz até aqui a pior campanha da história dos pontos corridos. Mirando a recuperação na Série A, era a melhor oportunidade possível para voltar a vencer, reaquecendo a disputa contra o rebaixamento.
No entanto, o time pernambucano não define as jogadas, hora por falta de pontaria, hora por indecisão cara a cara (e foram duas vezes desta vez, com Cristiano e Gustavo) e hora por boa atuação do goleiro também (caso de Keiller). Assim, empate em 0 x 0, permanecendo na zona. Só que a análise vai mesmo pelo contexto da campanha leonina. No papel, as peças ofensivas do elenco de 2021 são melhores que as do elenco de 2020, considerando o Brasileirão. Ocorre que na 18ª rodada da edição passada o time já tinha 18 gols. Média baixíssima, de 1 por jogo, mas muito à frente do rendimento atual.
É uma aberração competir na primeira divisão com 8 gols em 18 partidas, tendo média de 0,44. Seja lá qual for a formação, não funciona direito. Curiosamente, na Ilha do Retiro a situação é ainda pior. Foram apenas 2 gols em 9 jogos, com média de 0,22. Ambos os gols de bola parada, numa falta batida por Sander e num pênalti cobrado por André.
Com bola rolando, zero. E olhe que o time catarinense, agora com 13% dos pontos disputados (o Sport, com todo esse peso, tem 29%), havia sido vazado nas últimas 14 partidas. Mesmo sob comando interino, mesmo com nova formação, havia, sim, uma obrigação pelo resultado.
No setor de cadeiras, o técnico paraguaio Gustavo Florentín assistiu a tudo e deve ter visto que salvar esse equipe será o seu o maior trabalho até hoje. Florentín terá a semana livre até a próxima partida, contra o Athletico, em Curitiba. Inicialmente o jogo seria adiado devido à convocação do goleiro Santos, mas a “intertemporada” foi cancelada, encurtando o tempo para conhecer melhor o grupo, com suas virtudes e carências, e tentar implantar o melhor modelo de jogo possível para o momento. Para ao menos voltar a fazer 1 gol por jogo.
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Sport em 18 rodadas na Série A de 2021
Mandante (9 jogos, 7 pts e 25.9%): 1V, 4E e 4D
Visitante (9 jogos, 9 pts e 33.3%): 2V, 3E e 4D
A comparação da campanha com as permanências do leão na Série A após 18 jogos
1º) 2015 – 30 pontos (7V, 9E e 2D; 6º lugar)
2º) 2017 – 28 pontos (8V, 4E e 6D; 6º lugar)
2º) 2014 – 28 pontos (8V, 4E e 6D; 7º lugar)
4º) 2008 – 27 pontos (8V, 3E e 7D; 9º lugar)
5º) 2007 – 24 pontos (7V, 3E e 8D; 11º lugar)
6º) 2016 – 22 pontos (6V, 4E e 8D; 12º lugar)
7º) 2020 – 21 pontos (6V, 3E e 9D; 13º lugar)
8º) 2021 – 16 pontos (3V, 7E e 8D; 18º lugar)
Escalação do Sport (melhor: Hayner; piores: Pedro Henrique, Gustavo e Everton Felipe)
Maílson; Hayner, Pedro Henrique (Marcelo Ajul, 30/2T), Sabino e Sander; Zé Welison, Hernanes (Everton Felipe, 15/2T) e Thiago Neves; Gustavo (Luciano Juba, 40/2T), Mikael (Tréllez, 30/2T) e Cristiano (Leandro Barcia, 15/2T). Técnico: Ricardo Severo (interino)
Escalação da Chapecoense (melhores: Keiller e Bruno Silva; pior: Alan Santos)
Keiller; Matheus Ribeiro, Joilson (Kadu, 11/2T), Jordan e Busanello; Alan Santos (Moisés Ribeiro, 37/2T), Léo Gomes (Geuvânio, 24/2T) e Denner; Mikae, Anselmo Ramon (Fabinho, 37/2T) e Bruno Silva (Perotti, 24/2T). Técnico: Pintado
Histórico geral de Sport x Chapecoense (todos os mandos)
15 jogos
5 vitórias pernambucanas (33,3%)
5 empates (33,3%)
5 vitórias catarinenses (33,3%)
Histórico de Sport x Chapecoense pela Série A (todos os mandos)
11 jogos
4 vitórias pernambucanas (36,3%)
4 empates (36,3%)
3 vitórias catarinenses (27,2%)
A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida: