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Arbitragem na Copa do Nordeste 2024

Os erros na 1ª rodada: pênalti mandrake, impedimento antes da linha e pênalti não dado.

“É uma alegria para a CBF retomar a organização da competição de forma integral desde o ano passado. Em 2024, faremos uma edição ainda melhor e com mais investimentos aos clubes. Serão cerca de R$ 50 milhões destinados diretamente aos times”.

Essa foi a declaração do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ao site oficial da entidade sobre a abertura da Copa do Nordeste de 2024. Agora, atenção ao segundo trecho.

“Esse valor poderá ser até aumentado. Estamos negociando novos patrocinadores. Se conseguirmos mais parceiros, esses recursos serão destinados para os clubes. O objetivo da CBF é tornar ainda mais atraente financeiramente a competição (…)”.

VAR apenas no mata-mata

Nas palavras do próprio mandatário da confederação, a 21ª edição do Nordestão já conta com investimento recorde e a cota de patrocínios ainda poderá ser ampliada. Esse dinheiro serve para bancar as cotas dos clubes, sobretudo os 16 classificados à fase principal, e o custeio do torneio, com viagens, hospedagens e alimentação dos times, além de taxas de arbitragem. Dito disso, como o árbitro de vídeo, após cinco anos de uso regular no país, ainda não é visto como parte essencial deste custeio? A aplicação da tecnologia é uma valorização direta do “produto”, atualizando qualquer competição profissional.

O Brasileirão tem o VAR desde 2019 e hoje é impensável a realização sem ele. Contudo, a Copa do Nordeste conta com o VAR apenas no mata-mata. São apenas oito jogos, somando quartas de final, semifinal e final. Já as 64 partidas da fase de grupos ocorrem a olho nu. Considerando a limitação de qualidade da arbitragem nacional, os erros são recorrentes. O primeiro fim de semana já teve três exemplos que poderiam ter sido, facilmente, corrigidos pelo VAR. Um deles mudou o roteiro da partida, justamente o jogo de abertura no Castelão.

Investimento total não chegaria a R$ 3 milhões

Não há um valor oficial sobre o custo do VAR, com as cifras de cada partida oscilando entre R$ 25 mil e R$ 40 mil. Ou seja, a primeira fase do NE teria um custo total entre R$ 1,6 milhão e R$ 2,56 milhões. O modelo mais caro corresponderia a apenas 5,12% da receita reservada às cotas. Considerando a escala econômica da competição, de R$ 50 milhões, me parece uma economia pra lá de contraproducente. Até porque ainda existe a opção do “VAR Light”, com menos câmeras e recursos, mas suficiente para lances objetivos clamorosos.

O VAR Light pode custar 40% menos, ficando em R$ 15 mil por jogo. Em oito rodadas, o investimento total nesse modelo seria de R$ 960 mil. Ou 1,92% da receita. Prejudicado no Castelão, o América de Natal publicou uma nota oficial solicitando a inclusão do árbitro de vídeo nas próximas rodadas, “dada a importância e grandeza da competição no calendário do futebol brasileiro”. Impressiona isso não ter sido prioridade de todas as partes antes de a bola rolar, já que a falta de recursos não foi um empecilho para esta decisão.

A seguir, assista aos três principais erros na rodada e confira as observações do blog.

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Fortaleza 2 x 1 América-RN (03/02)

O time potiguar vencia o jogo até os 29 minutos do 2º tempo. Foi quando o atacante Marinho, do Fortaleza, invadiu a área e saltou antes do choque com o goleiro e ou zagueiro, numa projeção teatral. A árbitra Ruthyanna Camila marcou pênalti. Lucero converteu, colocando o Laion no jogo e a virada saiu no finzinho. As imagens da própria transmissão do SBT teriam sido suficientes para uma revisão, em caso de VAR.

Náutico 0 x 1 Botafogo (03/02)

O Botafogo já vencia por 1 x 0 e só não teve a chance de ampliar aos 42 minutos, através de uma penalidade máxima, porque o Marcio dos Santos Oliveira não enxergou o toque na bola com o braço do zagueiro alvirrubro Robson Reis. Com as imagens à disposição, dificilmente ele manteria a decisão de campo. De toda forma, acabou não influenciando no resultado, pois o visitante conseguiu confirmar a vitória.

Bahia 2 x 1 Sport (04/02)

Na Fonte Nova, o Bahia vencia por 1 x 0. Aos 26 do 2º tempo, num contragolpe, Arthur Caike, do Sport, foi lançado sozinho, mas o bandeirinha assinalou impedimento. Ocorre que o jogador, embora fosse o último homem de linha, estava posicionado antes do meio-campo no momento do passe. E não há impedimento partindo do campo defensivo. Com o VAR, o assistente teria deixado a jogada seguir. Para o andamento do clássico, acabou não fazendo tanta diferença porque o Sport empatou no minuto seguinte.


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