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Um mês após o anúncio, o Sport começou a atualizar o seu portal da transparência.

A criação de um portal da transparência era uma demanda antiga no Sport. Promessa de campanha, a seção foi confirmada pelo presidente Milton Bivar no terceiro dia de sua gestão, em 5 de janeiro de 2019. Pelo texto no site oficial, a única ressalva sobre a “Transparência Rubro-Negra” seria a apresentação dos relatórios após a assinatura dos contratos de atletas profissionais – um tanto óbvio, pois negociações podem ser, de fato, afetadas por agentes externos. Então, os primeiros nomes publicados, em 13 de fevereiro, foram os de Rogério e Reinaldo Lenis.

Para acessar o portal da transparência do Sport, clique aqui.

Rogério (atacante)
Pelo documento, a dívida do clube com o jogador chegava a R$ 3,7 milhões – um dado que deixa claro o caos financeiro deixado pelo ex-presidente, Arnaldo Barros. O clube trata como “economia” as cifras que ainda iriam vencer até 2021, com R$ 10 milhões ao todo – talvez para amenizar a saída de um jogador que custou R$ 6 milhões, sendo a aquisição mais cara do futebol nordestino. Entrei em contato com o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, que disse que o clube não pagou nada na contratação do atacante em 2019 – nem por direitos econômicos nem federativos.

Lenis (atacante)
Após a publicação, o documento referente à saída do colombiano foi apagado por alguns minutos por causa de um erro de cálculo. Abaixo, a versão correta no portal, com a transferência do jogador para o Banfield, da Argentina. Na minha visão, a lógica desta rescisão foi a mesma de Rogério, com abatimento das dívidas (R$ 955 mil) e valores a vencer, até o fim de 2019. Ao todo, R$ 3 mi. Ou seja, o texto serve para “atenuar” no mesmo sentido a compra de R$ 3,16 milhões – em 2016, de forma surpreendente, ele foi o mais caro da história leonina, no primeiro indício de gastança desenfreada.

Que o leão mantenha essa clareza nas próximas negociações, cujos contratos só devem ser divulgados após o aval do departamento jurídico. Não consigo ver como algo positivo a caixa-preta para a sua própria torcida, o verdadeiro patrimônio do clube, em prol de uma “cláusula de confidencialidade” cada vez mais em desuso – ou que parecia valer só na Ilha do Retiro.

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