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No clique, o pior em campo e o melhor em campo. Foto: Marcello Zambrana/AGIF, via CBF.

Tanto no turno quanto returno, o Sport perdeu do São Paulo por 1 x 0. Em ambos os jogos, o tricolor paulista teve uma atuação apagada, mas suficiente para levar os três pontos. Porém, há uma diferença, e bem além do mando de campo. Lá no início do Brasileirão o time paulista veio ao Recife pressionado, com Fernando Diniz questionado pelas seguidas eliminações na temporada.

Aquele primeiro jogo, inclusive, foi essencial para a sua manutenção, com o esquema de jogo sendo aprimorado e, enfim, dando certo. Numa arrancada na competição, o time chegou à liderança, pontuando de forma contínua há 16 jogos – com 9V e 7E. A troca de passes, as jogadas ensaiadas (com bola rolando e bola parada) e a boa fase dos atacantes (Luciano e Brenner) tornaram-se características recorrentes da equipe, extremamente competitiva. Por isso, para o segundo duelo contra os rubro-negros, esperava-se mais. O próprio Sport, diga-se. Num confronto de técnicos com perfis bem distintos no futebol, Jair Ventura montou um dos maiores ferrolhos do time pernambucano nesta edição. O leão começou o jogo com três zagueiros, três volantes e um “meia/volante”, Lucas Mugni. À frente, só o estreante Dalberto.

O objetivo era somar um ponto e frear a sequência de derrotas. Fora de casa, uma postura semelhante serviu contra Atlético-MG e Ceará. Para isso, sem poder ofensivo, o time precisa errar o mínimo possível – possibilitando ao adversário apenas a construção ofensiva como caminho para o gol. Desta vez, não deu. Assim como n Ilha, quanto tomou um gol aos 4 minutos, a vantagem tricolor veio cedo, com Luciano concluindo um escanteio cobrado por Daniel Alves, numa movimentação bem executada na área. O erro específico não esteve aí, a não ser a escolha de Dalberto como marcador de Luciano, mas no escanteio cedido após uma bola mal rifada por Sander. Acabou sendo decisiva para o placar magrinho no Morumbi.

É verdade que ao longo da partida o mandante teve outros escanteios, com 11 x 1 no scout, mas a vantagem já estava estabelecida. No 2º tempo, com as entradas de Jonatan Gómez e Thiago Neves, o Sport até melhorou. Por ter deixado a “postura defensiva”? Acho que é preciso contextualizar bem. Na minha visão, como já disse, o SPFC não jogou bem, num desinteresse até estranho na retomada, atento basicamente à contenção do Sport, cuja limitação técnica segue evidente, apesar da insistência até os 49 – e quando atacou bem, o SPFC parou em Polli. Por fim, o “resultado” do dia foi a goleada sofrida pelo Vasco em Porto Alegre, com Diego Souza marcando 2 dos 4 gols do Grêmio, mantendo o Sport fora da Z4 (25 x 24). Agora, a volta ao Recife para dois jogos. Mais uma porta aberta para ajustes na classificação. E mais dias de discussão sobre a melhor forma de fazer um time limitado render além da sua capacidade.

Sport em 24 rodadas na Série A de 2020
Mandante (11 jogos, 15 pts e 45.4%): 5V, 0E e 6D
Visitante (13 jogos, 10 pts e 25.6%): 2V, 4E e 7D

Escalação do São Paulo (melhores: Luciano e Daniel Alves)
Tiago Volpi; Juanfran (Igor Vinícius, 29/2T), Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Gabriel Sara e Igor Gomes (Vítor Bueno, 29/2T); Luciano (Pablo, 33/2T) e Brenner (Tchê Tchê, 33/2T). Técnico: Fernando Diniz

Escalação do Sport (melhores: Polli e Thyere; piores: Sander e Ricardinho)
Luan Polli; Patric, Iago Maidana (Thiago Neves, intervalo), Rafael Thyere, Chico e Sander; Marcão (Mikael, 38/2T), Ronaldo (Betinho, 14/2T), Ricardinho (Jonatan Gómez, intervalo) e Lucas Mugni; Dalberto. Técnico: Jair Ventura

Histórico geral de São Paulo x Sport (todos os mandos)
55 jogos
10 vitórias pernambucanas (18,1%)
13 empates (23,6%)
32 vitórias paulistas (58,1%)

Histórico de São Paulo x Sport pela Série A (todos os mandos)
43 jogos
8 vitórias pernambucanas (18,6%)
10 empates (23,2%)
25 vitórias paulistas (58,1%)

Curiosidade
Entre os doze clubes mais tradicionais do país, o São Paulo é o único que o Sport nunca conseguiu vencer no Brasileirão na condição de visitante. Em 21 partidas disputadas na capital paulista, foram 19 vitórias tricolores e 2 empates, ambos em 0 x 0, nas edições de 2016 e 2018.

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):

Abaixo, assista ao gol da partida, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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