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O leão não vencia no Beira-Rio desde 1998, também por 2 x 1. Foto: Elton Silveira/W9, via Sport.

Já entrando na reta final, o Sport foi para dois jogos fora de casa na condição de pior visitante do Brasileirão. O time pernambucano não vencia fora da Ilha do Retiro há nove partidas, com cinco derrotas seguidas. E era preciso pontuar longe para se manter firme na dura briga contra o rebaixamento. Veio o jogo contra o lanterna Botafogo, com uma atuação abaixo. Ainda assim, suficiente para a vitória, importantíssima. Porém, era claro que aquele desempenho não seria suficiente diante do Internacional, o líder do campeonato e cujo triunfo pavimentaria de vez o título.

Consciente disso, Jair armou o leão com três zagueiros, como já havia feito contra o Atlético Mineiro em BH, ainda no turno. Ali, o time segurou um valioso empate sem gols. Um novo empate estaria ótimo, uma vez que a derrota nem colocaria o Sport no Z4 nesta 35ª rodada. Pois o rubro-negro foi além. Com uma organização tática impressionante, uma característica deste time, limitado tecnicamente, o Sport não só segurou o Inter como se aproveitou bem de uma circunstância de jogo, após a expulsão (justa) de Uendel aos 25 minutos.

Com a defesa bem posicionada e com mais campo para contragolpear, o leão acabou arrancando a vitória em Porto Alegre – comemorada também por Fla e Galo. Talvez tenha sido o maior triunfo obtido pelo Sport em alguns anos, tamanho o desafio técnico encontrado – na ida, no Recife, o Inter havia feito 5 x 3. O time marcou ainda no 1T, com Marcão, num golaço após roubada de Marquinhos, e com Dalberto, no último lance, com a zaga do Inter achando que a bola havia saído no cruzamento de Patric. O colorado ainda marcou entre os gols, com Patrick, ex-Sport. Ou seja, houve a surpresa no 1º gol e depois houve a reação no 2º gol.

No 2T, a tensão esperada para partida, com a brecha aberta. Foram inúmeros contragolpes desperdiçados pelo Sport (não por acaso tem o pior ataque do BR, com apenas 29 gols em 35 jogos), mas também foram poucas chances reais dos colorados. Poucas porque o trio Adryelson/Maidana/Thyre jogou demais, porque o volante Marcão, além do gol, foi um cão de guarda combativo – sendo peça essencial em toda essa recuperação. E, sobretudo, porque o time abraçou a ideia de Jair. Quando é para se defender, consegue num nível realmente competitivo – o mandante finalizou 17 vezes, mas só 2 no gol. Tanto que, com 4 pontos acima do 16º colocado, faltando apenas três rodadas, o Sport está a um passo de uma permanência surreal, considerando o planejamento/rendimento do clube antes da competição. Ainda tem campeonato, mas essa vitória por 2 x 1 sobre o líder injetou uma confiança real.

Sport em 35 rodadas na Série A de 2020
Mandante (17 jogos, 25 pts e 49.0%): 8V, 1E e 8D
Visitante (18 jogos, 16 pts e 29.6%): 4V, 4E e 10D

Escalação do Internacional (melhor: Patrick: piores: Uendel, Lomba e Yuri)
Marcelo Lomba; Rodinei, Lucas Ribeiro, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado (Nonato, 27/2T), Edenilson, Patrick (Peglow, 27/2T) e Praxedes (Léo Borges, 35/1T); Caio Vidal (Abel Hernández, 18/2T) e Yuri Alberto. Técnico: Abel Braga

Escalação do Sport (melhores: Marcão, Adryelson, Maidana e Thyere)
Luan Polli; Maidana, Adryelson e Rafael Thyere; Patric, Marcão, Betinho (Ronaldo, 35/2T), Júnior Tavares (Brocador, 23/2T) e Thiago Neves (Ewerthon, 43/2T); Marquinhos (Sander, intervalo) e Dalberto (Luciano Juba, 35/2T). Técnico: Jair Ventura

Histórico geral de Internacional x Sport (todos os mandos)*
44 jogos
10 vitórias rubro-negras (22,7%)
16 empates (36,3%)
18 vitórias gaúchas (40,9%)
* Ainda houve um W.O. a favor do Sport em 24/01/1988

Histórico de Internacional x Sport pela Série A (todos os mandos)*
38 jogos
9 vitórias rubro-negras (23,6%)
13 empates (34,2%)
16 vitórias gaúchas (42,1%)
* Ainda houve um W.O. a favor do Sport em 24/01/1988

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):

Abaixo, assista aos gols da partida, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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