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O tenista brasileiro e o seu primeiro troféu de nível “ATP Tour”. Foto: Jim Rydell/Chile Open.

O tenista Thiago Seyboth Wild nasceu em 10 de março de 2000. Ao conquistar o título do Aberto do Chile, em Santiago, com menos de 20 anos, o paranaense de Marechal Cândido Rondon estabeleceu várias marcas relevantes para o necessário renascimento do tênis brasileiro, há alguns anos fora da elite internacional.

Afinal, o “Chile Open” faz parte da temporada oficial da Associação de Tenistas Profissionais, com o nível “ATP tour”, que soma cinco níveis – Grand Slam, ATP Finals, Masters 1000, ATP 500 e ATP 250 (caso do torneio chileno). Trata-se da “primeira divisão” do tênis, à frente das disputas de nível “Challenger”. A partir disso, eis alguns pontos sobre a emblemática campanha no saibro (que ainda valeu uma premiação de US$ 101.285):

1) Thiago é o primeiro jogador nascido a partir de 2000 a vencer um torneio da ATP. No mundo.

2) É o tenista mais novo, desde Rafael Nadal, em 2005, a ganhar um torneio do “Golden Swing”, apelido dado às quatro maiores competições na América Latina: Córdoba Open (ARG), Argentina Open (ARG), Rio Open (BRA) e Chile Open (CHI).

3) Wild tornou-se o brasileiro mais jovem a conquistar um torneio de ATP. Aos 19 anos, superou Guga – ao menos neste comparativo. Kuerten venceu Roland Garros pela 1ª vez com 20 anos.

4) É o 9º tenista do Brasil a ganhar um título de ATP Tour, sendo o 1º nome inédito em 11 anos.

5) Foi o primeiro título de ATP Tour de um brasileiro em 5 anos. O último triunfo havia sido no Torneio de Gstaad, em 2015, através de Thomaz Bellucci, também no saibro.

6) A conquista na capital chilena foi a 41ª do país considerando o nível ATP Tour.

7) Com o título, Thiago Wild ganhou 69 posições no ranking mundial, saltando do 182º para o 113º lugar. É possível buscar o Top 100 aos 20 anos? Raro.

Abaixo, o histórico do tênis masculino do país, com 41 taças, sendo três no Grand Slam, com o tricampeonato de Guga em Roland Garros (1997, 2000 e 2001). Na sequência, o retrospecto de resultados nas quadras, considerando a elite do circuito. Até onde pode ir Wild?

Nº de títulos brasileiros de ATP Tour (até 01/03/2020)
1º) 20x – Gustavo Kuerten (1997, 1998 2x, 1999 2x, 2000 5x, 2001 6x, 2002, 2003 2x e 2004)
2º) 7x – Luiz Mattar (1987, 1988, 1989 2x, 1990, 1992 e 1994)
3º) 4x – Thomaz Bellucci (2009, 2010, 2012 e 2015)
4º) 3x – Fernando Meligeni (1995, 1996 e 1998)
5º) 2x – Thomas Koch (1969 e 1971)
5º) 2x – Jaime Oncins (1992 2x)
7º) 1x – Carlos Kirmayr (1981)
7º) 1x – Ricardo Mello (2004)
7º) 1x – Thiago Wild (2020)

Histórico de vitórias e derrotas no ATP Tour (até 01/03/2020)
358 x 195 – Gustavo Kuerten (553 jogos; +163)
202 x 217 – Fernando Meligeni (419 jogos; -15)
200 x 216 – Thomaz Belluci (416 jogos; -16)
191 x 178 – Luiz Mattar (369 jogos; +13)
172 x 143 – Thomaz Koch (315 jogos; +29)
138 x 164 – Carlos Kirmayr (302 jogos; -26)
76 x 95 – Jaime Oncins (171 jogos; -19)
60 x 94 – Ricardo Mello (154 jogos; -34)
7 x 5 – Thiago Wild (12 jogos; +2)

Abaixo, assista ao ponto decisivo na conquista do brasileiro lá no Chile. Wild venceu o noruguês Casper Ruud, o 38º do ranking, por 2 sets a 1, com parciais de 7-5, 4-6 e 6-3.


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