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O último sorteio da Timemania em 2018 ocorreu na cidade de Palmitos, em Santa Catarina, em 29 de dezembro. No concurso de nº 1.275, que teve o Ceará como clube sorteado, o prêmio principal de R$ 7,5 milhões, para o acerto de sete números, acumulou. Assim, encerrou-se também o 11º ano da loteria federal criada para abater as dívidas dos times brasileiros com o poder público. E o último sorteio garantiu o Santa no top 20, o grupo com o maior repasse, pelo 5º ano seguido – o clube já amortizou mais de R$ 10 milhões da dívida.

Assim como em 2017, o tricolor travou uma disputa particular com o Avaí até a “última rodada”. Na temporada passada, virou no sorteio final. Desta vez, ficou à frente antes, mantendo uma campanha de engajamento para seguir em 20º lugar, no limite. Inclusive, foi o time mais marcado nas apostas do último sorteio, com 120 mil, passando o Flamengo, líder geral em todos os anos. Ao todo, os três pernambucanos cadastrados na Timemania registraram mais de 5,2 milhões de apostas, com uma queda de 35,7% em relação ao acumulado passado (-2,9 mi).

No país inteiro foram 148.561.441 apostas contabilizadas. Como cada cartela custa R$ 2, a arrecadação bruta foi de R$ 297.122.882. E a queda nacional foi ainda mais acentuada, ficando em 37,5% (ou R$ 178,7 milhões a menos!). Assim, claro, a verba da loteria para os clubes também caiu. Pela regra, 20% do montante é repassado aos 98 clubes inscritos, com a divisão ocorrendo a partir do número de apostas de cada um – neste caso, para os 80 times presentes na cartela. Abaixo, a divisão desta parcela para os quatro “subgrupos” no ranking de apostas.

Divisão da receita repassada aos clubes e as respectivas cotas em 2018
65% (grupo 1, do 1º ao 20º lugar) – R$ 38,6 milhões (R$ 1,931 milhão cada)
25% (grupo 2, do 21º ao 40º lugar) – R$ 14,8 milhões (R$ 742 mil cada)
8% (grupo 3, do 41º ao 80º lugar) – R$ 4,7 milhões (R$ 118 mil cada)
2% (grupo 4, com os 18 clubes fora da cartela) – R$ 1,1 mi (R$ 66 mil cada)

Arrecadação bruta da Timemania (entre parênteses, a receita dos clubes)
2012 – R$ 256 milhões (R$ 51,2 mi)
2013 – R$ 251 milhões (R$ 50,3 mi)
2014 – R$ 425 milhões (R$ 85,0 mi)
2015 – R$ 338 milhões (R$ 67,6 mi)
2016 – R$ 276 milhões (R$ 55,3 mi)
2017 – R$ 475 milhões (R$ 95,1 mi)
2018 – R$ 297 milhões (R$ 59,4 mi)

Ao todo, seis nordestinos ficaram na primeira casta da loteria em 2018, os mesmos do último ano, com destaque para o ABC, o único fora do “G7 do Nordeste” – há bastante tempo o clube potiguar mantém um trabalho o engajamento em sua torcida. Enquanto isso, Sport e Náutico ficaram mais uma vez no segundo escalão, o top 40, junto a outros quatro clubes da região, incluindo do River do Piauí, que entrou no fim. Lembrando que a colocação final deste ano definiu o percentual de cada um na receita da próxima temporada (a 12ª) da loteria. A seguir, um gráfico com o histórico de colocações (nacionais e regionais) dos maiores times da região.

Agora, o número de apostas do G7 a cada ano. Desde 2009, o trio de ferro pernambucano termina abaixo dos rivais baianos e cearenses – talvez pelo fato de o público ser formado não só por torcedores, mas por apostadores regulares, independentemente do modelo.

Não por acaso, as três metrópoles têm populações similares (4 milhões) e dados próximos numa comparação agregada. Com 5,2 milhões, somando alvirrubros, corais e leoninos, o Recife teve 119 mil apostas a menos que Salvador e 75 mil a mais que Fortaleza. De toda forma, o 14º lugar nacional do Fortaleza há 10 anos, por exemplo, é um mérito do clube.


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