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Mascote Vitória com a taça da Série B

O mascote do Vitória durante o tour da taça da Série B em Salvador. Foto: Victor Ferreira/Vitória.

O inédito título da Série B parece mesmo ter impulsionado a situação econômica do Vitória para a próxima temporada. Em 2024, o presidente do rubro-negro, Fábio Mota, projeta um orçamento de R$ 218 milhões, de longe o maior da história do clube. A ousada previsão feita pelo Executivo em dezembro, tendo ainda que passar pelo Conselho Deliberativo, soma o faturamento com futebol, patrocínios, bilheteria, sócios etc. Todos os segmentos terão alta.

Sem surpresa, a maior parte da receita virá dos quatro campeonatos previstos no calendário, com Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Brasileirão, a partir dos contratos de transmissão. Nos dois primeiros, o clube quer retomar o protagonismo regional. Afinal, já são cinco anos sem sequer chegar na semifinal do Baiano. No torneio nordestino, o clube foi campeão pela última vez em 2010. De lá pra cá o máximo alcançado foi a semifinal, sendo a última vez em 2021. Agora, o dirigente almeja a presença na final em ambos os casos.

Aumento de 257% em um ano

No âmbito nacional, o Vitória visa a classificação à 4ª fase da Copa do Brasil. Pode parecer uma meta audaciosa, mas o título da Segundona já colocou o leão na 3ª fase. Com isso, basta avançar em um mata-mata para chegar às oitavas – com direito às cotas retroativas pelas duas primeiras fases, mesmo sem jogar. Por fim, a Série A. Longe da elite desde 2018, mas indo para a sua 40ª participação na era unificada, o Vitória quer de cara, neste retorno, a vaga na Copa Sul-Americana. Então, precisa ficar no mínimo em 12º lugar, para não depender de outros resultados. Em tempo: o clube não disputa a Sula desde 2016.

Para tentar dar conta disso tudo, com o técnico Léo Condé ainda à frente, o clube deverá dobrar a sua folha mensal, podendo chegar a R$ 4,5 milhões, segundo reportagem do site globoesporte. Ou seja, considerando os doze meses de salário, 13º e férias, o gasto com todo o elenco seria de R$ 59,8 milhões. Fora as premiações, custeio, aquisições de jogadores e gasto com outros profissionais ligados ao departamento de futebol. Ou seja, vai ser bem além da realidade do leão nos últimos anos. Como já prevê o orçamento. Em termos nominais, o aumento da receita de 2023 para 2024 é de R$ 157 milhões. Um salto de 257%.

Dinheiro da liga entrará na conta

Em qualquer cenário, esta possível receita total de R$ 218 milhões será recorde no Barradão. Considerando os orçamentos projetados pelo clube, o maior foi em 2018, com R$ 102 milhões. A correção daquele valor, através da calculadora do Banco Central, daria R$ 134 milhões. Já observando as receitas realizadas de fato, após o fim da temporada, apenas uma passou de R$ 100 milhões. Em 2016, então na Série A, o Vitória teve R$ 111 milhões. A correção daria R$ 157 milhões. Ou 61 milhões a menos do que o estimado agora.

Segundo Fábio Mota, o clube deverá contar com R$ 50 milhões da Libra, o que representa 41% da sua parte na nova liga, além de R$ 22 milhões em patrocínios, R$ 18 milhões na negociação de atletas e R$ 38 milhões com o programa Sou Mais Vitória (este dado me pareceu exagerado, mesmo com 33 mil sócios). Ainda gerido como “associação”, ao contrário do arquirrival, que já virou “SAF”, o rubro-negro baiano tem um passivo de R$ 243 milhões, segundo o último balanço. Ao menos firmou uma renegociação de R$ 117 milhões junto à Receita Federal, numa primeira movimentação de responsabilidade fiscal. Que este orçamento contemple essa linha de gestão em relação aos gastos gerais também.

Previsão de orçamento do Vitória

2017 (Série A): R$ 83,4 milhões
2018 (Série A): R$ 102,0 milhões (+22%)
2019 (Série B): R$ 45,0 milhões (-55%)
2020 (Série B): R$ 52,0 milhões (+15%)
2021 (Série B): R$ 35,0 milhões (-32%)
2022 (Série C): R$ 36,0 milhões (+2%)
2023 (Série B): R$ 61,0 milhões (+69%)
2024 (Série A): R$ 218,0 milhões (+257%)

A receita total realizada pelo Vitória

2017 (Série A): R$ 88,0 milhões (-21%)
2018 (Série A): R$ 87,0 milhões (-1%)
2019 (Série B): R$ 53,0 milhões (-39%)
2020 (Série B): R$ 39,5 milhões (-25%)
2021 (Série B): R$ 61,1 milhões (+54%)
2022 (Série C): R$ 42,6 milhões (-30%)
2023 (Série B): Em andamento (divulgação até 30/04/2024)

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