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Em sua 3ª passagem no timbu, Hélio alcançou o objetivo traçado. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro.

O cenário era improvável, com o Náutico indo para o 3º técnico na Série B, com o buraco no Z4 cada vez maior e com problemas na montagem do time – devido à visão turva sobre o sucesso na C. A aposta em Hélio dos Anjos, que certamente era a última, acabou dando certo e, numa reviravolta daquelas, o alvirrubro conseguiu confirmar a permanência na segunda divisão nacional, com uma rodada de antecedência ainda.

Embora a edição de 2020 tenha sido a primeira do clube a após o título na terceirona, a simples permanência não era um um objetivo em Rosa e Silva. Sendo franco, o resultado final é frustrante, pois a volta à elite estava nos planos, considerando o cenário de reestruturação do clube, que sequer atrasou salários durante o duríssimo período da pandemia. Entretanto, dito isso, o dano maior foi evitado. E um novo rebaixamento chegou a ficar desenhado. Existem alguns pontos decisivos para isso, todos a partir da chegada do experiente treinador – que mais uma vez acerta o time no decorrer da B; em 2006 conseguiu o acesso trabalhando nas últimas sete rodadas.

Além da obediência tática, com o time abraçando o enérgico discurso do técnico, houve uma melhora significativa no gol, com a chegada de Anderson. Emprestado pelo Athletico-PR, o goleiro, que chegou a ser convocado para a Seleção Olímpica pelo que fez no Santa, seguiu mostrando o potencial visto no Arruda. Foi seguro e com ótimo reflexo – enquanto isso, Jefferson é um goleiro com serviços prestados, no próprio timbu, mas não vinha bem. Se Hélio estreou na 22ª rodada, diante do CRB, Anderson estreou logo em seguida, na 23ª, contra o Vitória. Desde então, a média de gols sofridos ficou inferior a um gol por jogo.

Outra mudança imediata foi o desempenho em casa. Como visitante o timbu até teve uma piora, tanto que não venceu com Hélio. Nos Aflitos, por outro lado, o aproveitamento saltou de 40% (da 1ª a 21ª) para 87% (da 22ª até a 37ª). A pontuação obtida em Rosa Silva, onde não perdeu com Hélio, foi a mesma do que toda a campanha com os comandantes anteriores.

No geral, dentro e fora de casa, o aproveitamento antes de Hélio, tendo Dal Pozzo e Kleina, era de 31%. Com Hélio, o desempenho subiu para 47%. Reagiu e ficou, garantindo uma receita entre R$ 6 mi e R$ 7 mi em 2021, através da cota de TV. Era o mínimo para o Náutico, mas deu trabalho. E o mérito é bem fácil de enxergar.

Leia a análise do jogo
Náutico empata com o Cruzeiro em BH e consegue o ponto da permanência na B

A campanha do Náutico entre as rodadas 1 e 21 na Série B 2020 (casa/fora)
20 pontos no recorte (12/8)
21 jogos (10/11)
4 vitórias (2/2)
8 empates (6/2)
9 derrotas (2/7)
31% de aproveitamento (40%/24%)
Em 17º lugar na 21ª rodada

A campanha do Náutico entre as rodadas 22 e 37 na Série B 2020 (casa/fora)
23 pontos no recorte (20/3)
16 jogos (8/8)
6 vitórias (6/0)
5 empates (2/3)
5 derrotas (0/5)
47% de aproveitamento (83%/12%)
Em 15º lugar na 37ª rodada

As divisões nacionais do Náutico entre 1971 e 2021*
Série A – 27x (52,9%)
Série B – 22x (43,1%)
Série C – 3x (5,8%)
Série D – 0x (0%)
* O clube disputou as séries A e B em 1981


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