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O atacante Vinícius criou a melhor chance do jogo. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro.

A chance de rebaixamento do Náutico chegou a ser de 86%, segundo sites como Infobola e UFMG, justificando a sequência de resultados ruins, a falta de força em casa e o mau futebol. Entretanto, o time engatou uma recuperação impressionante, a partir da chegada do técnico Hélio do Anjos, na 22ª rodada, e conseguiu a permanência na Série B. Se o acesso era o desejo no planejamento inicial, a continuidade na segunda divisão acabou sendo a meta após um primeiro turno tão desastroso. Antes de Hélio, 31% de aproveitamento. Com Hélio, 47%, com 6V, 5E e 5D.

E a confirmação ainda veio por antecipação, ao empatar sem gols com o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Numa tarde em que valorizou a vantagem do empate, para zerar qualquer risco, o timbu cumpriu o seu objetivo. Com o Cruzeiro sem chance de acesso ou descenso, ficou a dúvida sobre a postura do time. E o roteiro ficou ainda mais aberto aos 5 minutos, quando Kieza escapou sozinho e Fábio saiu mal, colocando a bola na mão fora da área.

Apesar de o árbitro e o assistente terem passado em branco, o quarto árbitro sinalizou a óbvia infração e o goleiro foi expulso. Ao todo, entre a falta cometida e a falta cobrada (com perigo) por Jean Carlos, foram 6 minutos de paralisação. E dali em diante, o timbu tomou conta, tendo 77% de posse (!), mas sem tanto afinco. Não queria se expor, pois o empate já bastava.

Na segunda etapa o jogo caiu ainda mais, num ritmo modorrento que era lá de interessante ao visitante. E ainda assim o Náutico acertou a trave aos 15 minutos, através do atacante Vinícius, que saiu logo depois – esse chute foi o único lampejo produtivo do atacante. Valorizando a posse de bola, o Náutico conduziu o jogo ao placar necessário, 0 x 0. Portanto, risco de rebaixamento em 0%. Agora, já é possível planejar, de fato, a temporada de “2021”.

A consequência
A permanência garante a 22ª participação do alvirrubro na Série B. Consequentemente, a continuidade valeu uma cota de TV entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões. Na C seria zero.

Leia mais sobre o assunto
A metamorfose do Náutico para seguir na Série B; não era o objetivo, mas virou

Náutico em 37 rodadas na Série B de 2020
Mandante (18 jogos, 32 pts e 59.2%): 8V, 8E e 2D
Visitante (19 jogos, 11 pts e 19.2%): 2V, 5E e 12D

Escalação do Cruzeiro (piores: Fábio e Airton)
Fábio; Raúl Cáceres, Ramon, Manoel e Matheus Pereiraa; Adriano, Jadson e Giovanni (Wellinton, 23/2T); William Pottker, Rafael Sóbis (Vitor Eudes, 11/1T) e Airton (Patrick, 32/2T). Técnico: Luiz Felipe Scolari

Escalação do Náutico (melhores: Jean Carlos, Camutanga e Rhaldney)
Anderson; Hereda (Kevyn, intervalo), Rafael Ribeiro, Camutanga e Bryan; Rhaldney, Djavan (Jhonnatan, 16/2T) e Jean Carlos (Ruy, 47/2T); Vinícius (Dadá Belmonte, 16/2T), Kieza e Erick (Jorge Henrique, 23/2T). Técnico: Hélio dos Anjos

Histórico geral de Cruzeiro x Náutico (todos os mandos)
34 jogos
11 vitórias alvirrubras (32,3%)
7 empates (20,5%)
16 vitórias mineiras (47,0%)

A análise do Podcast 45 Minutos (João de Andrade, Clauber Santana e Rodolpho Moreira):

Abaixo, assista à festa dos alvirrubros após o apito final na Arena Independência.


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