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Há 50 anos, o principal palco de AL e um dos principais do NE. Foto: Aldo Correia/Governo de AL.

O Rei Pelé surgiu para elevar o patamar do futebol alagoano, que até os anos 60 tinha a Pajuçara, do CRB, e o Mutange, do CSA, como principais palcos. O estádio encravado em Maceió surgiu triplicando o público das casas do alvirrubro e do azulão. E, a partir de 1970, acabou virando a casa dos dois rivais, e dos demais clubes alagoanos. Neste 25 de outubro de 2020, o “Trapichão”, como também é conhecido devido à localização no bairro “Trapiche da Barra”, completa 50 anos de história, escrita de forma recorrente com jogos nas principais divisões do Brasileiro.

A seguir, dez curiosidades ao longo dessas cinco décadas do Rei Pelé. Uma homenagem de concreto ao maior jogador de futebol de todos os tempos – e ele aprontou logo na abertura.

1) Inauguração e recorde de público

O maior público do Estádio Rei Pelé ocorreu justamente no jogo de inauguração, em 25 de outubro de 1970. Num amistoso, o Santos goleou a Seleção de Alagoas, formada por jogadores dos clubes do estado, por 5 x 0. O próprio Pelé marcou 2 gols, com outros 2 de Nenê e 1 de Douglas, o autor do primeiro tento na história. Ao todo, foram 42.326 torcedores.

2) O primeiro grande torneio

Inaugurado em 1970, o Rei Pelé foi um dos 12 palcos do país que receberam jogos da “Taça da Independência” em 1972, chamada na época de “Minicopa”. O torneio foi organizado pelo Brasil, com a participação de 20 seleções (!), em comemoração aos 150 anos de independência do país. O Trapichão recebeu dois jogos, França 2 x 0 África (isso mesmo, a seleção da confederação africana) e Argentina 7 x 0 Concacaf (mesma lógica, com a seleção das Américas do Norte e Central).

3) CRB, o maior campeão estadual do Rei Pelé

Embora CSA leve vantagem sobre o CRB em títulos estaduais, com 39 x 31, o scout muda de figura considerando apenas as conquistas celebradas no Rei Pelé. Neste caso, CRB 17 x 15 CSA. Além disso, o Clube de Regatas Brasil também foi o 1º campeão lá, em 1970, num clássico, claro. Em 50 anos foram 34 títulos definidos no Rei Pelé, feito obtido também por ASA (em 2000) e Coruripe (em 2014).

4) CSA, o campeão brasileiro no Rei Pelé

Até 2017, o futebol alagoano nunca havia conquistado um título brasileiro, independentemente da divisão. Já havia sido vice na Série B (3x com o CSA), vice na Série C (1x com o ASA e 1x com o CRB) e vice na Série D (1x com o CSA). E a primeira taça veio com o Centro Sportivo Alagoano. Na decisão, o CSA venceu o Fortaleza no Castelão, por 2 x 1, e segurou o 0 x 0 na volta, com o Trapichão tomado por 17.809 torcedores. A renda de R$ 661 mil foi uma das maiores registradas em Alagoas.

5) As passagens das Seleção Brasileira

Em 50 anos, o time principal do Brasil jogou três vezes no maior estádio alagoano, com 1 vitória e 2 empates. O principal jogo foi em 2004, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006 (na Alemanha). Pela 10ª rodada, um empate sem gols com a Colômbia. O palco também recebeu dois jogos da Seleção Olímpica (2V, incluindo Bebeto e Romário em 1988) e um da Seleção Feminina (1V), com Marta em campo – num 3 x 0 sobre o Chile, em 2011, com um gol da Rainha.

Os jogos da seleção principal
23/09/1981 – Brasil 6 x 0 Irlanda (36.982, amistoso)
08/08/1993 – Brasil 1 x 1 México (18.788, amistoso)
13/10/2004 – Brasil 0 x 0 Colômbia (20.000, Eliminatórias)

6) A capacidade cada vez menor

O estádio foi construído para receber até 45 mil pessoas – marca nunca alcançada. Na segunda década, o limite máximo caiu para 35 mil pessoas. Após adequações de segurança e obras de modernização, como a colocação de cadeiras, a capacidade do Rei Pelé sofreu outras reduções, até ficar limitado a 19.105 espectadores em 2020. Ou 42,4% da carga original.

7) As finais nacionais da Copa dos Campeões

Em 2000 e 2001, o estádio recebeu a decisão de um torneio nacional de vida curta, mas que valeu vaga na Libertadores. No primeiro ano, em jogo único, o Palmeiras venceu o Sport por 2 x 1, diante de 22.560 pessoas, e faturou a Copa dos Campeões. No ano seguinte, já com ida e volta, a primeira partida foi na PB. A segunda, em Maceió. Após fazer 5 x 3, o Flamengo administrou a vantagem sobre o São Paulo, sendo campeão mesmo perdendo por 3 x 2 em AL, com 26.708 torcedores.

8) A 1ª final da Copa do Nordeste

A primeira edição oficial da história do Nordestão, em 1994, foi realizada inteiramente em Alagoas, com todos os jogos ocorrendo no Rei Pelé a partir das quartas de final. A decisão foi disputada entre CRB e Sport, com empate sem gols e título do rubro-negro pernambucano nos pênaltis.

9) Rei Pelé ou Rainha Marta?

O estádio ganhou o nome em homenagem ao tricampeonato do mundial, ocorrido poucos meses antes da inauguração. No México, Pelé chegou ao auge da forma, vencendo a Copa pela 3ª vez. Porém, a ligação com o futebol alagoano levantou a possibilidade de mudança de nome décadas depois, para Rainha Marta, uma vez que a atacante nasceu em Dois Riachos, no estado, sendo a jogadora mais premiada do futebol – foi eleita 6 vezes como a melhor do mundo. O projeto já passou pela assembleia legislativa de AL, mas segue pendente no governo. O que você acha?

10) Os precursores do Estádio Rei Pelé

Os estádios que antecederam o Rei Pelé, em Maceió, existiram até esta década. O Estádio Severiano Gomes Filho, a “Pajuçara”, existiu entre 1920 e 2014, enquanto o Estádio Gustavo Paiva, o “Mutange”, funcionou de 1922 até 2020, quando já era usado como CT – e antes do Trapichão foi o principal campo, tendo sido o primeiro com refletores. O primeiro palco, do alvirrubro, foi vendido. O segundo, do azulão, precisou ser desativado devido ao afundamento do solo! Saiba mais aqui


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