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A 1ª vez na Supercopa. Ao todo, o 5º título nacional. Foto: Alexandre Neto/Photopress, via CBF.

Em 10 de fevereiro, publiquei no blog o seguinte post: “Supercopa do Brasil com campeão vs vice? É o regulamento de 2022, com o Fla tendo razão”. Na ocasião, abordei as reclamações dos clubes sobre a definição do local da partida, que não poderia ser em Brasília por causa da pandemia, com veto ao público. O jogo acabou indo para Cuiabá, com 30 mil ingressos, mas muitos atleticanos seguiram se queixando da necessidade da partida. Reafirmo: o jogo precisa existir.

E o jogo em 2022 acabou sendo a prova maior disso. Em relação ao nível técnico, é inegável que o galo conquistou os dois principais títulos nacionais da última temporada, gerando a falsa impressão de supercampeão direto. Afinal, a entrada de um vice (no caso, o da Série A) não é mais uma “jabuticaba” brasileira. É algo recorrente no mundo do futebol, com a supercopa nacional servindo para abrir a temporada. Ou seja, garantindo um grande duelo. Até acho válido do debate sobre a implantação de alguma benesse em caso de “dobradinha” (mando de campo? vantagem do empate?), mas não havia isso no texto desta edição.

Ao torcedor do alvinegro mineiro, terminada a emocionante decisão no Mato Grosso, será que a sensação teria sido a mesma? Em vez de receber um troféu de forma automática, e fria, para simbolizar a rara conquista dupla, algo que não faria muito sentido, pois a simples junção das duas taças de 2021 já deixaria claro o domínio nos gramados, o Atlético ganhou após a enfrentar o seu maior rival fora de Minas Gerais, dando mais molho à história de ambos.

Nos 90 minutos, abriu o placar com o argentino Nacho, tomou a virada no 2T com gols de Gabigol e Bruno Henrique e empatou com o craque da última temporada no país, Hulk. Nos pênaltis, viu o adversário carioca ter quatro (quatro!) chances para fechar a série, mas contou com duas defesas do goleiro e dois chutes pra fora, com a emoção passando do limite, como nas campanhas da Libertadores de 2013 (“São Victor”) e da Copa do Brasil de 2014 (viradas sobre Fla e Timão). Foi assim até a última defesa de Éverson no domingo, num chute de Vitinho – veja no vídeo abaixo. Após o empate em 2 x 2, triunfo por 8 x 7 com 24 cobranças.

Campeão do Brasileirão de 2021 na Fonte Nova, em 2 de dezembro, campeão da Copa do Brasil na Arena da Baixada, em 15 de dezembro, e campeão da Supercopa do Brasil na Arena Pantanal, em 20 de fevereiro. Num período de 81 dias, muita história pra contar. Para isso, fez o simples. Cumpriu o regulamento, como deve ser, jogou bola, competiu e foi feliz…

Os campeões da Supercopa do Brasil (e o vice)
1990 – Grêmio (Vasco)
1991 – Corinthians (Flamengo)
2020 – Flamengo (Athletico-PR)
2021 – Flamengo (Palmeiras)
2022 – Atlético-MG (Flamengo)

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Abaixo, assista à defesa decisiva de Éverson, num vídeo do perfil oficial do Brasileirão.


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