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O uniforme I do Ceará para 2020, na estreia da marca do clube. Foto: Ceará/divulgação.

A partir da ideia implantada pelo Paysandu, em janeiro de 2016, com a marca própria “Lobo” substituindo a antiga fornecedora de material esportivo do clube, a Puma, este mercado realmente despontou no país, sobretudo por atingir resultados satisfatórios em clubes de massa. E a influência dentro do Campeonato Brasileiro vem crescendo desde então.

Em 2019, no início da temporada, eram 16 clubes apostando na marca própria, entre os 128 classificados para as quatro divisões nacionais – ou seja, 12,5% do total de inscritos. Em 2020, neste mesmo recorte, o número já aumentou em 43%, subindo para 23 clubes – ou 17,9% do total.

E o ponto que chama mais atenção é o crescimento na elite. Dobrou, passando de três para seis times. Antes restrita ao Nordeste, considerando a Série A, a ideia já foi adotada por duas equipes do Centro-Oeste e uma do Sul (chegará ao Sudeste, o principal centro econômico?). Assim, o alcance na primeira divisão chegou a 30% – a estreia ocorreu com o Bahia, em 2018.

Na região, em 2020, a novidade é o Ceará, que lançou a sua marca “Vozão” com a linha principal completa, com os padrões I e II – e 35 mil peças à disposição nos dois primeiros meses. Em todos os casos, lembrando, os clubes assumem a criação dos modelos, a produção e a entrega dos produtos – com a fabricação das camisas ocorrendo de forma terceirizada.

Obs. Neste momento, o único nordestino na A sem marca própria é o Sport, que veste Umbro.

Distribuição das marcas próprias nas divisões do Brasileiro 2020
Série A (6; 30,0%) – Atlético-GO, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza e Goiás
Série B (8; 40,0%) – América-MG, Brasil-RS, CRB, CSA, Figueirense, Juventude, Náutico e Paraná
Série C (3; 15,0%) – Botafogo-PB, Paysandu e Santa Cruz
Série D (6; 8,8%) – ABC, Afogados, Caxias, Joinville, Marcílio Dias-SC e River

Vale destacar algumas projeções de receita para a nova temporada, a partir dos orçamentos apurados pelo blog. Os valores abaixo foram estimados pelas respectivas direções, considerando a venda de produtos das suas marcas próprias. Visões otimistas ou realistas?

Previsão orçamentária com a marca própria em 2020
R$ 12,0 milhões – Fortaleza
R$ 10,0 milhões – Bahia
R$ 2,5 milhões – Santa Cruz
R$ 540 mil – Náutico

Num mercado novo, com inúmeras variáveis (resultados no campo, engajamento, novas oportunidades etc), também existem existem desistências. Para 2020, dois clubes voltaram ao modelo mais tradicional, com Treze (Karilu) e Sampaio Corrêa (Numer) assinando com fabricantes. Em Pernambuco, por exemplo, Central e Salgueiro desistiram ainda em 2018. Curiosamente, hoje os dois times têm contrato com a mesma empresa, a Patric Sport.

A cronologia das marcas próprias dos clubes brasileiros
1ª) 02/2015 – Inter de Lages-SC (Team)**
2ª) 01/2016 – Paysandu (Lobo)
3ª) 05/2016 – Juventude (19Treze)
4ª) 09/2016 – Fortaleza (Leão 1918)
5ª) 12/2016 – Castanhal-PA (Japiim)**
6ª) 01/2017 – Joinville (Octo)
7ª) 03/2017 – Treze (Areno)*
8ª) 05/2017 – Santa Cruz (Cobra Coral)
9ª) 11/2017 – Caxias (Bravo35)
10ª) 12/2017 – CSA (Azulão)
11ª) 12/2017 – Salgueiro (Carcará)*
12ª) 12/2017 – River (Carijó)
13ª) 01/2018 – Central (Patativa)*
14ª) 03/2018 – Sampaio Corrêa (Tubarão 1923)*
15ª) 04/2018 – Tubarão-SC (Pxis)*
16ª) 08/2018 – Coritiba (1909)
17ª) 09/2018 – Bahia (Esquadrão)
18ª) 11/2018 – Marcílio Dias-SC (1919)
19ª) 12/2018 – América-MG (Sparta)
20ª) 12/2018 – Sergipe (Gipão)**
21ª) 02/2019 – CRB (Regatas)
22ª) 02/2019 – Atlético-GO (Dragão Premium)
23ª) 03/2019 – Náutico (N Seis)
24ª) 07/2019 – Goiás (Gr33n)
25ª) 07/2019 – Paraná Clube (Valente)
26ª) 10/2019 – Botafogo-PB (Belo 1931)
27ª) 10/2019 – Afogados (Coruja)
28ª) 11/2019 – Brasil-RS (nome a definir)
29ª) 12/2019 – ABC (nome a definir)
30ª) 12/2019 – Ceará (Vozão)
31ª) 12/2019 – ASA (Gigante)**
32ª) 12/2019 – Figueirense (1921)

* Clubes com marcas próprias já extintas ou suspensas
** Clubes sem divisão nacional em 2020

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