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A Chape ergue o seu 1º troféu nacional. Já tinha internacional, a Sula. Foto: Renato Padilha/CBF.

Há um discurso comum sobre “quatro campeões” na Série B do Brasileiro, considerando o peso do acesso no G4. De fato, é o objetivo principal. Entretanto, é óbvio que há gostinho do título. Então, adicione a isso um roteiro daqueles. Pois esta é a conquista da Chapecoense na edição de 2020, sem dúvida alguma a de desfecho mais emocionante em 50 anos de história.

Numa disputa parelha após a dupla confirmação do acesso, América Mineiro e Chapecoense chegaram à última rodada empatados em pontos (70), vitórias (19) e saldo de gols (+19). O coelho estava à frente pelo número de gols marcados, ainda assim numa vantagem curta, 41 x 39.

E assim seguiu durante a noite, com ambos os times vencendo em casa por 2 x 1. Em BH acabou assim, com o coelho superando o Avaí e esperando o apito final na Arena Condá, que ainda teria mais alguns minutos de acréscimo. E seguiu até os 52, quando Bruno Silva foi derrubado na área. Pênalti. Literalmente, o último lance do campeonato. O experiente centroavante Anselmo Ramon foi para a cobrança e, a la Loco Abreu, mandou uma cavadinha para o 3 x 1. Chape campeã no saldo de gols! Na classificação final, +21 vs +20. Por um triz.

A situação era tão inusitada que havia dois troféus, um em Chapecó, na Arena Condá, e outro em Belo Horizonte, no Independência. Obviamente, só um foi erguido, pela Chape de Umberto Louzer, que tornou-se o 35º campeão da segunda divisão nacional, uma disputa intermitente desde 1971. Em Santa Catarina, é o 3º clube a vencer a competição. Curiosamente, todos são do interior. Por sinal, esta característica do estado parece decisiva para o desempenho nas competições nacionais. Ao todo, somando todas as divisões e as copas, foi o 8º título nacional do estado, sendo o 6º do país com mais taças. E a Chape acabou de fazer a sua contribuição.

Ano vitorioso e principal representante de SC
A Chapecoense terminou a temporada “2020” com dois títulos oficiais, ganhando o Estadual (pela 7ª vez) e a Série B (inédita). Assim, em 2021, será o único catarinense na primeira divisão – ao todo, o estado terá oito representantes nas quatro divisões. Este retorno ocorreu num “bate-volta”, com o clube mostrando força mais uma vez. No acesso anterior, em 2013, ficou seis anos seguidos na elite. No Nordeste, por exemplo, a maior sequência nos pontos corridos foi de cinco anos seguidos.

Abaixo, assista ao gol do título da segundona, através do perfil oficial da Série B no Twitter.

Leia mais sobre o assunto
A classificação da Série B de 2020 após a 38ª rodada; Juventude subiu e Chape campeã

Os 8 títulos nacionais de Santa Catarina
1x na Copa do Brasil (Criciúma 1991)
3x na Série B (Criciúma 2002, Joinville 2014 e Chapecoense 2020)
3x na Série C (Avaí 1998, Criciúma 2006 e Joinville 2011)
1x na Série D (Brusque 2019)

Os 8 representantes de Santa Catarina no Campeonato Brasileiro de 2021
Série A – Chapecoense
Série B – Avaí e Brusque
Série C – Criciúma e Figueirense
Série D – Joinville, Juventus e Marcílio Dias

Os 35 campeões da Série B de 1971 a 2020*
2x, Paysandu (91 e 01), Coritiba (07 e 10), Goiás (99 e 12), Palmeiras (03 e 13), América-MG (97 e 17) e Bragantino (89 e 19); 1x, Villa Nova (71), Sampaio Corrêa (72), Londrina (80), Guarani (81), Campo Grande (82), Juventus (83), Uberlândia (84), Tuna Luso (85), Americano (87), Operário-MS (87), Inter de Limeira (88), Sport (90), Paraná (92), Juventude (94), Athletico-PR (95), União São João (96), Gama (98), Criciúma (02), Brasiliense (04), Grêmio (05), Atlético-MG (06), Corinthians (08), Vasco (09), Portuguesa (11), Joinville (14), Botafogo (15), Atlético-GO (16), Fortaleza (18) e Chapecoense (20)

* 1) Nem todas as edições da Série B levaram o campeão à elite; 2) Em 1986 não houve final na segundona e a CBF ainda não se posicionou sobre os quatro vencedores (Central, Treze, Inter de Limeira e Criciúma); 3) Em 1987 a segunda divisão teve dois módulos, Azul e Branco, mas sem cruzamento e, por isso, é o único torneio com dois vencedores; 4) Em 2000 a Copa João Havelange teve três divisões interligadas, com o Amarelo sendo a intermediária (Paraná) e com o Verde-Branco sendo a última (Malutrom), mas esses dois vencedores não são considerados campeões oficiais.

A seguir, a atualização do ranking de títulos nacionais por estado, considerando todos os torneios já organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Apesar da evidente diferença de peso entre os títulos, trata-se de uma lista absoluta, como curiosidade; veja a legenda abaixo.

O ranking de títulos nacionais por estado*
1º) 62x – São Paulo (32 A, 9 CB, 1 CC, 1 S, 10 B, 8 C e 1 D)
2º) 31x – Rio de Janeiro (16 A, 5 CB, 1 CC, 1 S, 4 B, 3 C e 1 D)
3º) 21x – Minas Gerais (5 A, 7 CB, 5 B, 2 C e 2 D)
4º) 15x – Rio Grande do Sul (5 A, 7 CB, 1 S, 2 B)
5º) 10x – Paraná (2 A, 1 CB, 5 B, 1 C e 1 D)
6º) 8x – Santa Catarina (1 CB, 3 B, 3 C e 1 D)
7º) 7x – Pará (1 CC, 3 B, 2 C e 1 D)
8º) 7x – Goiás (3 B e 4 C)
9º) 5x – Pernambuco (1 A, 1 CB, 1 B e 2 C)
10º) 3x – Brasília (2 B e 1 C)
11º) 3x – Maranhão (1 B, 1 C e 1 D)
12º) 3x – Ceará (1 B e 2 D)
13º) 2x – Bahia (2 A)
14º) 1x – Mato Grosso do Sul (1 B)
15º) 1x – Alagoas (1 C)
15º) 1x – Rio Grande do Norte (1 C)
17º) 1x – Paraíba (1 D)

Legenda*
A – Série A (1959-2019)
CB – Copa do Brasil (1989-2019)
CC – Copa dos Campeões (2000-2002)
S – Supercopa do Brasil (1990-2020)
B – Série B (1971-2020)
C – Série C (1981-2019)
D – Série D (2009-2019)
* Títulos até 29 de janeiro de 2021

Ordem da lista
1) Número de títulos, independentemente da divisão
2) Em caso de igualdade, o maior número de títulos seguindo a ordem da legenda acima


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