A reunião na sede da FPF em 19/11 contou com representantes dos 10 clubes. Foto: FPF/divulgação.
Por maioria de votos, durante o conselho arbitral, os clubes optaram por manter o regulamento do Campeonato Pernambucano em 2022. Ou seja, o modelo implantado há dois anos, com “G6” após um turno completo na 1ª fase. Embora alguns campeonatos estaduais já estejam passando por um processo de adaptação do apertado calendário nacional, caso do Cearense, que poderá ter um campeão com apenas 6 jogos, o torneio em Pernambuco segue com a possibilidade de até 13 partidas para os grandes clubes, com a largada no dia 22 de janeiro.
Certo ou errado, a explicação vem na verdade do contrato de transmissão firmado, pois esta é a última temporada do acordo com a Rede Globo, que valeu por quatro edições, com investimento de R$ 4 milhões a cada ano, sendo R$ 1 mi para cada grande (Náutico, Santa e Sport) e R$ 1 mi rateado entre os sete intermediários. E há um diferença na grade. Como a emissora não terá os principais campeonatos na próxima temporada, como Carioca e Paulistão, o horário nacional das 16h no domingo deixa de existir até abril, passando para as 16h20 do sábado, de forma pontual – caso de PE. Além disso, abre a concorrência por audiência com a TV Jornal/SBT, que já vinha exibindo a Copa do Nordeste aos sábados.
A 108ª edição do Campeonato Pernambucano será formada pelos oito melhores colocados de 2021 (Náutico, Sport, Salgueiro, Santa Cruz, Afogados, Vera Cruz, Retrô e Sete de Setembro), além do campeão e vice da A2, encerrada há apenas cinco dias (Caruaru City, estreante, e Íbis, de volta após 21 anos). Dos dez participantes, seis avançarão à fase decisiva.
A imposição do “mata-mata” segue ininterrupta desde 2010. Desde então, a diferença passou, sobretudo, na quantidade de classificados aos jogos eliminatórios. De 2010 a 2017 tivemos o “G4”, partindo da semi. Em 2018 e 2019 foi a vez do “G8”, com as quartas de final. A partir de 2020 surgiu o “G6”, uma formação híbrida que considero interessante – veja a fórmula abaixo.
1ª fase – Turno classificatório
Em 2022, todos os clubes se enfrentam em “turno único”, avançando os seis melhores após nove rodadas. Os dois primeiros vão direto para a semifinal, enquanto os outros quatro classificados vão às quartas. Já os quatro últimos vão disputar uma etapa contra o rebaixamento. A etapa inicial prevê 45 partidas, com cada clube jogando nove vezes. Os cinco melhores colocados de 2021 vão jogar 5x como mandantes e 4x como visitantes, enquanto os três colocados seguintes e os times promovidos vão jogar 4x como mandantes e 5x como visitantes.
Quadrangular da morte (fase complementar)
Os quatro últimos colocados na 1ª fase (7º, 8º, 9º e 10º) vão disputar um quadrangular apenas com jogos de ida, com dois mandos para o 7º e o 8º. Ao final das três rodadas, os dois últimos colocados nesta etapa serão rebaixados à Série A2 de 2023.
2ª fase – Quartas de final
Implantada em 2018, a fase de quartas de final permanece no texto, mas com o formato criado em 2020. No caso, em vez de quatro confrontos, serão apenas dois, com os seguintes chaveamentos: 3º x 6º e 4º x 5º. A definição do classificado ocorre em jogo único. Persistindo o empate, pênaltis.
3ª fase – Semifinal
Será a 13ª edição seguida com semifinal na elite do futebol local. De 2010 até hoje ocorreram apenas mudanças no critério de desempate (melhor campanha, saldo, gol qualificado etc). Repetindo o modelo utilizado desde 2019, será em jogo único, com mando de campo para os dois melhores do turno classificatório. Em caso de igualdade, pênaltis. Na tabela, o 1º lugar enfrenta o vencedor da chave entre o 4º e o 5º, enquanto o 2º lugar pega o vencedor do duelo entre o 3º e o 6º.
4ª fase – Final
É o único mata-mata em ida e volta. Neste caso, considerando apenas pontuação e saldo de gols nesta fase para a definição do campeão. Persistindo o empate nos 180 minutos, pênaltis (por sinal, terminou assim nas últimas três edições!). Ao todo, o campeão entrará em campo 12 (largando da semi) ou 13 vezes (largando das quartas). Lembrando que só o campeão tem vaga assegurada na fase de grupos da Copa do Nordeste de 2023.
8 vagas para competições em 2023
Ao todo, o Estadual de 2022 irá distribuir oito vagas: 3 no Nordestão (campeão na fase de grupos; vice e 3º lugar na fase preliminar – se for o Sport, neste segundo caso, o leão vai à fase de grupos via Ranking da CBF, com o lugar na seletiva passando ao 4º lugar), 3 na Copa do Brasil e 2 na Série D. No caso da copa nacional, se classificam o campeão, o vice e o melhor colocado no turno tirando os finalistas. Na Série D valerá a campanha no turno, à parte da posição final. A FPF teve direito a 3 vagas até 2020, mas foi ultrapassada pela federação cearense, que ganhou a benesse desde então.
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