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O Fortaleza foi melhor no 1T, com equilíbrio no 2T. Foto: Tiago Caldas/Náutico.

A expectativa sobre um bom jogo do Náutico diante do Fortaleza era baixa. Não exatamente pelo fato de enfrentar o melhor time da região na atualidade, com uma Liberadores para disputar em breve, mas sim pelo caos vivido desde quarta-feira, após o revés em casa para o Retrô, pelo PE. De confusão entre torcedores e jogadores, na porta do vestiário, a queixas públicas de um membro da comissão técnica, o filho de Hélio dos Anjos, nas redes sociais. Veio a demissão do auxiliar e, na sequência, a saída do treinador, que há tempos tinha o elenco nas mãos.

O interino, Marcelo Rocha, não teve sequer um dia de treino com o time, tendo a obrigação de montar uma equipe para travar o reforçado tricolor cearense – com R$ 21 milhões em contratações para 2022. Para dar certo, e neste caso estou me referindo ao desempenho em campo, o índice de acertos precisaria ser acima da média. No geral, creio que tenha sido, ainda que com algumas atuações individuais abaixo, como Camutanga (que cometeu o 3º pênalti em um mês), Rhaldney (muitos passes errados) e Kieza (apagado no ataque).

Entretanto, o saldo positivo pelo lado alvirrubro contou com Jean Carlos decisivo (abriu o placar num contragolpe com 4 minutos), Eduardo Teixeira de elemento-surpresa (num chute de rara felicidade para decretar o empate em 2 x 2), Perri com elasticidade (evitou o 3º gol de Pikachu num chute cara a cara) e Rafael Ribeiro com gás (jogou por dois na zaga). A escalação não foi diferente daquele modelo clássico de Hélio, na base do 4-3-3, tendo Jean mais à frente e com atacantes abertos, mas a recomposição foi. Até porque o espaço para fazer isso seria menor, uma vez que o leão do pici estaria quase sempre no campo ofensivo.

Ao timbu, então, era conseguir se reagrupar seguidas vezes durante todo o sábado. Na medida do possível, ocorreu e pontuou no jogo mais difícil desta 1ª fase da Copa do Nordeste. E se manteve no G4 do Grupo B (5 pts), enquanto o Fortaleza segue na ponta do A (8 pts). O caos não passou com o empate nos Aflitos, mas a pressão baixou um pouco. Até quando?

Escalação do Náutico (melhores: Jean Carlos e Perri; piores: Camutanga e Kieza)
Lucas Perri; Hereda, Rafael Ribeiro, Camutanga e Júnior Tavares; Djavan (Robinho), Rhaldney e Jean Carlos (Wagninho); Leandro Carvalho (Eduardo Teixeira), Ewandro (Richard Franco) e Kieza. Técnico: Marcelo Rocha (interino)

Escalação do Fortaleza (melhores: Pikachu e Depietri; pior: Ronald)
Fernando Miguel; Tinga, Benevenuto e Titi; Yago Pikachu, Jussa, Ronald (Matheus Vargas), Lucas Lima (Henríquez) e Lucas Crispim (Juninho Capixaba); Igor Torres (Depietri) e Moisés (Silvio Romero). Técnico: Juan Pablo Vojvoda

Histórico geral de Náutico x Fortaleza (todos os mandos)
44 jogos
16 vitórias pernambucanas (36,3%)
13 empates (29,5%)
15 vitórias cearenses (34,0%)

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Abaixo, assista aos gols do jogo, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.


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