Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Flamengo x Athletico-PR na final da Libertadores

Entre os destaques, Gabigol, Pedro e Vidal de um lado e Vítor Roque, Terans e Pablo do outro. E aí?

Pela 3ª vez seguida a Libertadores será definida entre dois clubes brasileiros. Na final de 2020, o Palmeiras bateu o Santos no Rio de Janeiro. Em 2021, o Palmeiras venceu o Flamengo na prorrogação, em Montevidéu. Agora, em 2022, é a vez de Flamengo x Athletico-PR em Guayaquil. Neste confronto rubro-negro, agendado para o dia 29 de outubro, o primeiro nome era uma das principais apostas da temporada.

Indo para a 3ª final nas últimas quatro edições, o Fla aumentou o seu investimento multimilionário no time e fez uma campanha espetacular, com 11 vitórias em 12 jogos. Fez mais de 30 gols e ainda tem o artilheiro da edição, o centroavante Pedro, com 12 gols. Já seria o favorito num duelo contra o Palmeiras, cuja repetição esteve bem pertinho, e me parece ainda mais diante do Athletico Paranaense.

Realidade x Ascensão

Entretanto, o outro rubro-negro com passaporte carimbado para o Equador vem mostrando muita concentração e reação no mata-mata. Após passar da fase de grupos na última rodada, o CAP virou um visitante indigesto. Nas oitavas, marcou no último lance e tirou o Libertad. Nas quartas, marcou no último lance e tirou o Estudiantes, fora também. Na semifinal, fazendo a volta novamente longe de Curitiba, viu o então bicampeão continental abrir 2 x 0, mas reagiu e empatou no Allianz Parque. Ou seja, de volta à decisão após 17 anos, chega bem credenciado para a final única no Estádio Monumental.

Recentemente, pelas quartas de final da Copa do Brasil, os dois times fizeram um confronto duríssimo, com 0 x 0 no Rio e vitória carioca no Paraná, 1 x 0, com um golaço de Pedro. Entre esses jogos ainda teve um 5 x 0 para o Fla na Série A, mas com times mistos. É bom observar o cenário apenas com os times principais, além da atmosfera que não permite erros – algo que o próprio Flamengo sentiu no Centenário, com Andreas Pereira. Por fim, o duelo de treinadores, com Dorival Júnior x Felipão.

A troca decisiva no comando técnico

Curiosamente, os dois times começaram a Liberta com outros comandantes. No Flamengo, o português Paulo Sousa não conseguiu compactar a equipe e nem extrair o enorme potencial do elenco, algo que Dorival fez com relativa velocidade, obtendo o melhor desempenho desde o time de Jorge Jesus. No Athletico, Fábio Carille foi muito mal e acabou sendo demitido, com o anúncio de Scolari. Em tese, manteve o mesmo perfil defensivo e reativo, mas o gabarito de Felipão fez enorme diferença. Organizou o time, que ainda ganhou o meia Fernandinho, ex-Manchester City, e ganhou uma “cara” parecida às principais campanhas de sua carreira.

Não por acaso, o treinador de 73 anos chega à final da Libertadores pela 4ª vez, recorde no país. No Furacão, pode estabelecer o ponto mais alto de um clube que se transformou no Século XXI, com modernização administrativa e estrutural. Campeão da Série A (e 1x vice), campeão da Copa do Brasil (e 2x vice) e bicampeão da Sul-Americana, o clube paranaense já é um dos mais vencedores do Brasil, podendo mudar de sarrafo de uma vez por todas. A bronca está no fato de enfrentar quem está no topo deste sarrafo, e a cada ano indo por mais…

Flamengo – 12 jogos; 11V, 1E e 0D; 32 GP e 8 GC
No mata-mata, o Fla tirou Tolima (COL), Corinthians (BRA) e Vélez Sarsfield (ARG)
4ª final; campeão em 1981 e 2019 e vice em 2021

Athletico-PR – 12 jogos; 6V, 4E e 2D; 15 GP e 11 GC
No mata-mata, o CAP tirou Libertad (PAR), Estudiantes (ARG) e Palmeiras (BRA)
2ª final; vice em 2005

As finais caseiras na Taça Libertadores

Esta será a 6ª final “caseira” na história do torneio, sendo a 5ª com brasileiros. Até a década de 1990 a regra impedia que clubes de um mesmo país disputassem o título da Libertadores. Com a revogação da “barreira”, os principais filiados da Conmebol, BRA e ARG, conseguiram promover finais do tipo. Além deste último triênio, o Brasil também fez a final integral em 2005 (São Paulo x Athletico-PR – na época sem o “h”) e 2006 (Inter x São Paulo). Já a Argentina teve o superclássico entre River Plate e Boca Juniors em 2018, com o título do River ocorrendo só em Madrid por causa da baderna antes do jogo em Buenos Aires. Sobre a nova final caseira, vale citar o retrospecto em campo. Em 73 jogos oficiais, até hoje, são 29 vitórias do Fla, 26 vitórias do CAP e 18 empates.

Nº de finais na Libertadores entre os brasileiros até 2022 (entre parênteses, os títulos)
1º) 6 vezes – São Paulo (3) e Palmeiras (3)
3º) 5 vezes – Grêmio (3) e Santos (3)
5º) 4 vezes – Cruzeiro (2) e Flamengo (2*)
7º) 3 vezes – Internacional (2)
8º) 2 vezes – Athletico-PR (0*)
9º) 1 vez – Vasco (1), Corinthians (1), Atlético-MG (1), São Caetano (0) e Fluminense (0)
* E um título a disputar

Ranking de títulos na Libertadores entre países até 2022 (entre parênteses, o número de vices)
1º) 25 vezes – Argentina (12)
2º) 22 vezes – Brasil (18)
3º) 8 vezes – Uruguai (8)
4º) 3 vezes – Colômbia (7) e Paraguai (5)
6º) 1 vez – Chile (5) e Equador (3)
8º) Nenhum – México (3) e Peru (2)

Pitaco para o campeão de 2022: Flamengo.

Leia mais sobre o assunto
Cotas da Libertadores, Sul-Americana e Recopa têm aumento para os campeões de 2022


Compartilhe!