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Bahia (16/10), Náutico (21/11) e Ceará (05/12), os campeões femininos de BA, PE e CE em 2021.

A Copa do Nordeste vem sendo disputada de forma regular há dez anos. Em 2022 chegou à 19ª edição, tendo já um derivado, o torneio Sub 20 (júnior), que também está presente no calendário oficial. Para esta temporada, entretanto, a Lampions poderá chegar a cinco “versões”, a partir da ideia de ampliação da Liga do Nordeste, que quer mais dois torneios de base, com Sub 17 (juvenil) e Sub 15 (infantil), além da primeira competição oficial entre as mulheres. As três novas copas estão integradas no projeto elaborado pela associação para obter recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), coordenada pelo Ministério da Cidadania.

Implementada em 2007, a Lei nº 11.438 já captou cerca de R$ 3 bilhões para os projetos chancelados até hoje, com 2,5 mil projetos apresentados só em 2021. Esta lei permite que o cidadão doe parte do que seria pago de Imposto de Renda para financiar projetos esportivos, com até 6% de renúncia fiscal para pessoas físicas e 1% para pessoas jurídicas. É daí que a liga visa capacitar financeiramente as novas disputas. O cadastro para 2022 começou em fevereiro e vai até setembro. Apesar da inscrição única, os torneios têm formatos de disputa distintos.

No caso do futebol feminino, a estreia da modalidade deve partir com 12 clubes. Através das redes sociais, alguns clubes já comentaram a possibilidade, como Bahia e Santa Cruz – o time coral, por sinal, reativou o seu departamento feminino em 15 de fevereiro. Até hoje houve apenas um torneio de caráter regional, com a “Taça Cidade do Paulista de Futebol Feminino do Nordeste”, em 2018. Com 24 clubes e apoiado pela FPF, a competição foi divulgada como “Nordestão Feminino”, sendo vencida pelo Sport. Agora, a disputa entraria na agenda da CBF seguindo critérios técnicos (ainda não divulgados) e provavelmente com um design inspirado na atual Copa do Nordeste.

Em relação às futuras copas na base, no futebol masculino, a CBF chegou a anunciar os torneios das categorias infantil e juvenil em julho de 2018, mas foram adiados e, meses depois, deixados de lado do calendário nacional. A retomada agora seria via liga, com a devida chancela, claro. A tendência é que o Nordestão Sub 15 seja centralizado, com sedes fixas, evitando muitas viagens para os adolescentes.

Quanto ao Sub 17, o formato deve espelhar o Sub 20, com fase de grupos e mata-mata com mando de campo regular das equipes, mas com menos jogos que o torneio profissional (que tem 72 na fase principal). Em contato com o blog, o vice-presidente da Liga do NE, Constantino Júnior, não revelou o valor pedido no projeto, mas falou que o texto foi adaptado a um modelo à parte do alto rendimento, voltado para disputas efetivamente profissionais – por este motivo, o Sub 20 não foi incorporado. Ao todo, a Lei de Incentivo ao Esporte tem três categorias: educacional, alto rendimento e participação.

Constantino Júnior sobre a criação do projeto:
“A gente está trabalhando para fazer a Copa do Nordeste Sub 17, Sub 15 e a Feminina, através da Lei de Incentivo ao Esporte, numa parceria da liga. A gente está vendo a viabilidade do projeto, para inscrevê-lo já em fevereiro. A ideia vai depender da aprovação, mas a gente já deixou na agulha. A gente está se preparando para isso, para fazer já em 2022. Porém, depende também da parte comercial, porque depois da aprovação vem a captação, que não é fácil.”

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