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A reunião via videoconferência contou com 4 nordestinos: Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport.

Em 22 de setembro o governo federal aprovou o estudo da CBF sobre a volta do público aos estádios, ainda que de forma reduzida, em 30%. Dois dias depois os vinte clubes da Série A de 2020 se reuniram na sede da confederação, no Rio de Janeiro – a primeira divisão foi a única com aval neste momento da pandemia. Sem consenso, com direito a bate-boca, segundo bastidores apurados pelos sites UOL e Globoesporte, a reunião terminou sem decisão. Agora, num segundo encontro, no dia 26, os clubes enfim votaram e definiram – 19 deles, pois o Flamengo não compareceu.

De forma unânime entre os clubes presentes, os dirigentes optaram pelo óbvio, o princípio de isonomia sobre a volta do público. E, apesar da sinalização do Ministério da Saúde, isso significa, neste momento, que o Brasileirão segue sendo disputado de portões fechados.

Portanto, a autorização de torcida nas arquibancadas só poderá acontecer quando todas as 11 cidades dos clubes envolvidos tiverem a sinalização das respectivas secretarias de saúde, municipal e estadual – as decisões sanitárias ocorrem nestas esferas, em algo já debatido e confirmado pelo STF. Ou seja, ou os 20 times com público nos estádios ou os 20 times sem público nos estádios, sem exceção. Neste momento vale a segunda opção. Afinal, poucos locais já contam com a autorização – num cenário que ainda levanta muitas dúvidas sobre as condições reais (com o nº de mortos e infectados pela Covid-19 ainda em escalas elevadas).

Em relação à Série A, de maneira específica, só o Rio de Janeiro (com 4 clubes) estaria burocraticamente apto. E a autorização do governo estadual foi publicada no Diário Oficial justamente no dia da primeira reunião na CBF. Em Pernambuco (com 1 clube), a previsão de público nos estádios, também de forma reduzida, seria a partir de 9 de novembro, na “Fase 11” do plano de retomada das atividades proposto pelo governo do estado. E trata-se apenas, conforme dito, de uma previsão, com necessidades específicas para a liberação de fato.

Trecho da nota da CBF sobre a reunião em 26/09
“O presidente da CBF, Rogério Caboclo, e os presidentes dos Clubes declararam-se favoráveis ao retorno gradual do público aos estádios, desde que com aval das autoridades de saúde locais, de forma isonômica e guiado por todas as medidas protetivas previstas no estudo encaminhado pela CBF ao Ministério da Saúde. Como isso, no momento, ainda não é possível, ficou acordada a retomada do debate do tema a cada 15 dias para reavaliação do cenário em âmbito nacional.”

Obs. A volta do público estaria atrelada a um protocolo de segurança como distanciamento nas arquibancadas, uso de máscara e até medição da temperatura na entrada do estádio.

A limitação em 30% sobre a capacidade dos estádios da Série A de 2020 (e os mandantes)*
23.651 (de 78.880) – Maracanã (RJ); Flamengo e Fluminense
20.115 (de 67.052) – Morumbi (SP); São Paulo
19.170 (de 63.903) – Castelão (CE); Ceará e Fortaleza
18.553 (de 61.846) – Mineirão (MG); Atlético-MG
16.698 (de 55.662) – Arena do Grêmio (RS); Grêmio
15.038 (de 50.128) – Beira-Rio (RS); Internacional
14.281 (de 47.605) – Neo Química Arena (SP); Corinthians
13.500 (de 45.000) – Nilton Santos (RJ); Botafogo
12.981 (de 43.272) – Allianz Parque (SP); Palmeiras
12.711 (de 42.372) – Arena da Baixada (PR); Athletico-PR
12.150 (de 40.502) – Couto Pereira (PR); Coritiba
9.647 (de 32.157) – Pituaçu (BA); Bahia
9.000 (de 30.000) – Ilha do Retiro (PE); Sport
6.564 (de 21.880) – São Januário (RJ); Vasco
5.376 (de 17.823) – Vila Belmiro (SP); Santos
4.050 (de 13.500) – Olímpico (GO); Atlético-GO
3.699 (de 12.332) – Nabi Abi Chedid (SP); Bragantino
3.000 (de 10.000) – Serrinha (GO); Goiás
* Dado calculado a partir da capacidade máxima atual dos estádios utilizados

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Foto: Anderson Stevens/Sport Recife.


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