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O Remo se fechou bastante, com 24 x 16 em faltas cometidas. Foto: Tiago Caldas/Náutico.

Num jogo de oscilação, especificamente sobre a qualidade das finalizações, o Náutico arrancou o empate com o Remo no finzinho, nos Aflitos, e manteve a invencibilidade na Série B, agora com 5V e 2E. Ou 17 pontos em 21 disputados, margem suficiente para manter a liderança isolada. Entretanto, não tem como ignorar o lance decisivo para o alvirrubro, cujo gol de Paiva, aos 42 minutos do 2T, aconteceu num impedimento bem claro, não assinalado pelo auxiliar.

Na segundona, lembrando, não há o recurso do árbitro de vídeo, por mais capacidade financeira que tenha a CBF. Sendo assim, lances objetivos, como foi o caso, vão continuar à margem na competição, tanto a favor quanto contra – neste mesmo sábado, horas antes, o Botafogo teve um gol não validado, apesar de a bola ter passado bastante a linha.

Com o acompanhamento paralelo da Série A, que tem a mesma transmissão no pay-per-per-view, a impressão é de acompanhar um futebol do “passado” na Série B. Hoje, foi contra o Remo e amanhã pode ser contra o próprio Náutico. A queixa é sobre a ausência de uma tecnologia atual, à disposição. Falando agora sobre o futebol, o timbu não fez uma má partida.

Na verdade, o time de Hélio criou bastante. Teve 67% de posse de bola, o seu maior índica nesta campanha, segundo o SofaScore, e teve 17 x 8 no scout de finalizações. Considerando os chutes na barra, 6 x 1 para o campeão pernambucano. O único lance certo do Remo foi o gol de Gedoz ainda no 1T. Porém, os erros dos alvirrubros na tomada de decisão perto da área, diante de um adversário encaixotado, não permitiram um melhor desempenho, 1 x 1.

Cadê o VAR?
O custo do árbitro de vídeo, considerando a primeira divisão, é de R$ 50 mil por jogo, ou R$ 19 milhões por todo o campeonato, com 380 partidas. Por clube, R$ 950 mil – e é um custo dos clubes, de fato. Na Série B, isso corresponderia a cerca de 1/7 da cota de tevê. Porém, considerando o caixa da CBF, o superávit do último balanço foi de R$ 48,8 milhões – e foi o 14º ano seguido com saldo positivo. Ou seja, suficiente tanto para bancar tanto a Série A quanto a Série B. Bastava querer.

Náutico em 7 rodadas na Série B de 2021
Mandante (4 jogos, 10 pts e 83.3%): 3V, 1E e 0D
Visitante (3 jogos, 7 pts e 77.7%): 2V, 1E e 0D

O desempenho do timbu nos 7 primeiros jogos na Série B (pontos corridos)
1º) 2021 – 17 pontos (5V, 2E e 0D; 1º lugar)
2º) 2015 – 16 pontos (5V, 1E e 1D; 2º lugar)
3º) 2010 – 14 pontos (4V, 2E e 1D; 4º lugar)
4º) 2016 – 13 pontos (4V, 1E e 2D; 4º lugar)
5º) 2006 – 11 pontos (3V, 2E e 2D; 5º lugar)*
6º) 2020 – 10 pontos (2V, 4E e 1D; 10º lugar)
7º) 2011 – 9 pontos (2V, 3E e 2D; 12º lugar)*
8º) 2014 – 8 pontos (2V, 2E e 3D; 11º lugar)
9º) 2017 – 2 pontos (0V, 2E e 5D; 20º lugar)**
* Subiu de divisão
** Caiu de divisão

Escalação do Náutico (melhores: Jean Carlos e Erick; piores: Kieza e Byran)
Alex Alves; Hereda, Wagner Leonardo, Camutanga (Yago, intervalo) e Bryan (Rafinha, 21/2T); Djavan (Marciel, intervalo), Rhaldney (Paiva, 31/2T) e Jean Carlos; Erick, Kieza e Vinícius (Giovanny, 21/2T). Técnico: Hélio dos Anjos

Escalação do Remo (melhores: Gedoz e Vinícius; pior: Cariús)
Vinícius; Suéliton, Rompercio, Kevem (Paulinho Curuá, 23/2T) e Igor Fernandes; Anderson Uchoa, Lucas Siqueira e Felipe Gedoz (Arthur, 23/2T); Jefferson (Rafinha, 20/1T), Renan Gorne (Edson Cariús, 23/2T) e Erick Flores (Ronald, 42/2T). Técnico: Paulo Bonamigo

Histórico geral de Náutico x Remo (todos os mandos)
40 jogos
15 vitórias alvirrubras (37,5%)
12 empates (30,0%)
13 vitórias azulinas (32,5%)

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida (a partir do minuto 57):

Abaixo, assista aos gols da partida, através do perfil oficial da Série B no Twitter.


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