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A comemoração de Jefferson no alambrado, na volta da torcida. Foto: Samara Miranda/Remo.

Aos 51 minutos do segundo tempo, nos últimos instantes do jogo em Belém, o atacante Jefferson subiu entre dois alvirrubros e escorou o escanteio venenoso de Felipe Gedoz. O lance tirou o zero do placar e levou ao delírio a torcida do Remo, de volta ao Baenão após quase 600 dias. Com a limitação da pandemia, foram 4 mil torcedores, ou 30% da capacidade do estádio, que viram a 10ª vitória do clube na Série B.

Quanto ao timbu, já armado nos bastidores por Hélio dos Anjos, cuja volta foi confirmada na véspera, a busca da 10ª vitória segue há seis rodadas, no seu maior jejum nesta edição. Já são quatro derrotas seguidas. Ampliando o recorte da má fase no BR, com 13 jogos, o campeão pernambucano tem a seguinte campanha: 1V, 3E e 9D. Ou seja, somou 6 pontos em 39 disputados, com 15,3% de aproveitamento, num rendimento de Z4. Esta derrocada, aliás, deve levar o time, outrora líder, para a 2ª página da classificação.

Com o resultado na abertura da 26ª rodada, o Náutico já figura em 10º lugar. Foi ultrapassado pelo próprio Remo, que vai fazendo uma campanha de recuperação, com força dentro de casa – 36 x 35 em pontos. Sobre o jogo em si, o Náutico foi competitivo no 1T. Nesta troca de Chamusca por Hélio, o alvirrubro foi mais pegador, característica marcante em seus melhores momentos na temporada. Até o intervalo a disputa foi franca, com 10 x 7 para o Remo em finalizações. No 2T, porém, só deu leão, com 12 x 3 em chutes e 54% de posse de bola.

Além da pressão, o alvirrubro – com quatro peças diferentes na defesa de forma forçada – foi se desmanchando em campo, como na saída do goleiro Alex Alves, aos 30, e na expulsão de Carlão, aos 46. Com um a menos, restou povoar a área. Ainda assim, insuficiente para tantas tentativas próximas da barra. O roteiro deste revés de 1 x 0 foi duro para a reconstrução do ambiente do Náutico, que retorna ao Recife já pressionado pela necessidade de somar aos menos 10 pontos para não correr um risco desnecessário. Aqui, também contará com a sua torcida, cujo comportamento pode ser decisivo para o novo (nem tão novo) Náutico).

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Análise: Da saída do Náutico à chegada no Náutico, 36 dias na vida de Hélio dos Anjos

Náutico em 26 rodadas na Série B de 2021
Mandante (13 jogos, 20 pts e 51.2%): 5V, 5E e 3D
Visitante (13 jogos, 15 pts e 38.4%): 4V, 3E e 6D

A comparação da campanha com os acessos do timbu na Série B após 26 jogos
1º) 2011 – 47 pontos (13V, 8E e 5D; 2º lugar)
2º) 2006 – 45 pontos (13V, 6E e 7D; 1º lugar)
3º) 2021 – 35 pontos (9V, 8E e 9D; 10º lugar)

Escalação do Remo (melhores: Gedoz e Arthur)
Thiago Coelho; Wellington Silva (Thiago Ennes), Rafael Jansen e Marlon; Raimar, Arthur, Lucas Siqueira (Neto Moura) e Felipe Gedoz; Marcos Júnior (Pingo), Rafinha (Lucas Tocantins) e Victor Andrade (Jefferson). Técnico: Felipe Conceição

Escalação do Náutico (melhor: Jean Carlos; piores: Carlão e Álvaro)
Alex Alves (Jefferson); Hereda, Yago, Carlão e Breno; Matheus Trindade, Rhaldney (Djavan), Júnior Tavares (Marciel) e Jean Carlos; Álvaro (Giovanny) e Vinícius. Técnico: Hélio dos Anjos

Histórico geral de Remo x Náutico (todos os mandos)
41 jogos
15 vitórias alvirrubras (36,5%)
12 empates (29,2%)
14 vitórias azulinas (34,1%)

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a partida no Baenão:

Abaixo, assista ao gol da partida, através do perfil oficial da Série B no Twitter.


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