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CT do Náutico

Inaugurado em 1999, o CT do Náutico tem 54 hectares e cinco campos. Foto: Náutico/divulgação.

Após oito anos, o Náutico voltou a obter o Certificado de Clube Formador. O timbu chegou a ter o documento emitido pela CBF entre 2013 e 2015, mas saiu da lista por não atender mais às exigências da entidade. O clube só voltou após melhorias na estrutura e no organograma do CT Wilson Campos, na Guabiraba, incluindo a contratação de novos profissionais.

A solicitação foi feita em 4 de agosto e a resposta saiu em 28 de novembro, com o alvirrubro sendo o 51º clube do Brasil a ter o CCF validado em 2023, sendo apenas o 7º do Nordeste. Os outros times da região são Ceará, presente há 6 anos consecutivos, Bahia, Bahia de Feira, Retrô, Fortaleza e Sport. Esses dois últimos entraram em atualizações da lista anual da CBF em 7 de março e 12 de julho, respectivamente. Durante o processo, o então vice de futebol do timbu, Léo Portela, havia detalhado o caminho da reativação numa entrevista à TV Timba.

“Hoje, temos psicólogo, pedagogo, assistente social e nutricionista apenas para a base. Mudamos também a fisioterapia. Foi um processo iniciado por Gilberto (Correia), que foi diretor da base. Isso (o certificado) impacta na segurança dos atletas da base. A qualquer momento podemos perder jogadores sem retorno financeiro. Com o Certificado, garantimos ao menos um percentual dos jogadores antes de subir para o profissional”.

A demora foi pela falta do laudo do Corpo de Bombeiros. Com o aval, o CT enfim atendeu a todos os requisitos. Assim, o presidente do Náutico, Diógenes Braga, recebeu o certificado em 14 de dezembro, das mãos do presidente da FPF, Evandro Carvalho, após a confirmação da CBF. Abaixo, a publicação do clube celebrando a reativação do certificado, já emoldurado.

Retomada de Pernambuco

Em 2013, o futebol pernambucano chegou a ter seis clubes certificados na base, com a FPF viabilizando a presença até do interior. Além do trio de ferro, a bancada local teve Porto, Salgueiro e Serra Talhada, recorde até hoje. Porém, o descumprimento das exigências foi minguando a participação. O primeiro a sair foi o próprio Náutico, em outubro de 2015. Depois, o Santa e os dois sertanejos saíram em junho de 2018. Já o Sport não conseguiu a renovação em setembro de 2020, com o Porto sendo o último a sair, em janeiro de 2021.

A entrada do Retrô, também em janeiro de 2021, manteve PE na lista. Agora, então, o time de Camaragibe tem a companhia de Sport e Náutico, com o Santa Cruz na expectativa de ser o próximo. A resposta ao clube coral está demorando. O tricolor solicitou a reinclusão em 13 de junho, após a comprovação da regularidade sobre os salários e das intervenções no CT Ninho das Cobras, mas o pedido ainda não foi respondido oficialmente, embora o presidente da FPF, Evandro Carvalho, já tenha repassado “as congratulações do presidente da CBF”.

Proteção burocrática na base

O “Certificado de Clube Formador” é emitido pela CBF desde 2011, tendo como benefício o reforço nos direitos sobre atletas formados no clube, com a oficialização de contratos sobre os primeiros anos na base. Assim, facilita a burocracia para garantir a indenização financeira sobre a saída de atletas entre 14 e 16 anos, mesmo anos depois. E serve como prova para o “mecanismo de solidariedade” da Fifa, que garante até 5% da venda para os formadores.

Exigências para o Certificado de Clube Formador da CBF
1) Técnicos e preparadores físicos exclusivos
2) Participação em competições oficiais
3) Programa de treinamento (local*, horários, faixa etária, atividade escolar etc)
4) Assistência educacional
5) Assistência médica
* Com laudos técnicos (Bombeiros, Vigilância Sanitária e alvará para uso do alojamento)

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