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As 15 maiores receitas do ano, com R$ 835 milhões entre o 1º o 15º. Dois nordestinos presentes.

Pela lei federal, os clubes de futebol precisam divulgar os balanços financeiros referentes à temporada anterior até o dia 30 de abril subsequente. Em 2020, devido à pandemia, o prazo foi esticado até junho, com alguns clubes utilizando o período extra, casos de Atlético-MG e Cruzeiro. Coma a divulgação da dupla de BH, no fim de maio, a consultoria Ernst & Young conseguiu fechar a análise econômica dos principais clubes do país, com 15 deles apresentando receitas acima de R$ 100 milhões.

Pode parecer muito, mas é o menor dado nas últimas quatro temporadas, mesmo com 2019 marcando o recorde de receita acumulada entre os principais clubes brasileiros – no caso, entre os 20 maiores, o recorte deste levantamento, com o grupo passando pela primeira vez de R$ 6 bilhões de janeiro a dezembro. Em relação ao sarrafo de R$ 100 mi, foram 17 clubes em 2016 e 16 clubes em 2017 e 2018 – ou seja, apesar da maior circulação do dinheiro, também está havendo uma maior concentração de receitas. Entre os nordestinos, o destaque para Bahia e Fortaleza, ambos com recorde de faturamento. Enquanto o tricolor baiano figura pela 4ª vez neste patamar, o tricolor cearense aparece pela 1ª vez, logo em sua volta à Série A.

Numa visão geral, o Flamengo quebrou o recorde do país, colocando R$ 308 milhões sobre o 2º colocado. Com R$ 950 mi, o atual campeão brasileiro tende a ser o primeiro clube a ultrapassar a barreira de R$ 1 bilhão – mas não em 2020, uma vez que as receitas de todos os times serão afetadas pela paralisação, medida necessária para o isolamento social visando o combate ao Coronavírus. Dos clubes presentes no levantamento da EY, 9 registraram recorde de receita, valendo uma observação sobre o Athletico Paranaense. Impulsionado pelo título da Copa do Brasil, que rendeu R$ 64,3 milhões em cotas, o clube ficou na 7ª colocação geral, o melhor desempenho financeiro de um clube fora do eixo Rio-SP-MG-RS.

Soma das receitas do 20 primeiros do Ranking da CBF nos últimos 5 anos
2015 – R$ 3,59 bilhões
2016 – R$ 4,64 bilhões (+29,2%)
2017 – R$ 4,92 bilhões (+6,0%)
2018 – R$ 5,12 bilhões (+4,0%)
2019 – R$ 6,00 bilhões (+17,1%)

O estudo da EY considerou os 20 primeiros colocados no Ranking da CBF, com Fortaleza (23º) e Atlético-GO (25º) entrando nas vagas de Chapecoense (12º) e Vitória (17º), que não divulgaram os seus demonstrativos – este dois casos, porém, não mudariam a configuração sobre a lista acima de R$ 100 milhões. Nesta publicação, a seguir, o ranking de receita total, incluindo até as deduções, como impostos, e três ranking segmentados, com receitas de transmissão, venda de atletas e bilheteria. No caso da TV e das vendas, o Sport não foi listado, pois o clube pernambucano demonstrou a sua receita como “futebol”, agregando diversos segmentos – no blog, já me queixei desta forma adotada pela direção, pra lá de contraproducente.

Leia mais sobre o assunto
O ranking de dívidas no Brasil em 2019, com os 20 maiores clubes somando R$ 8,3 bilhões

O ranking de receita total em 2019 (e a campanha no Brasileirão)
1º) R$ 950 mi – Flamengo (Série A, campeão)*
2º) R$ 642 mi – Palmeiras (A, 2º)
3º) R$ 459 mi – Grêmio (A, 4º)
4º) R$ 441 mi – Internacional (A, 7º)
5º) R$ 426 mi – Corinthians (A, 8º)
6º) R$ 400 mi – Santos (A, 2º)
7º) R$ 390 mi – Athletico-PR (A, 5º)**
8º) R$ 384 mi – São Paulo (A, 6º)
9º) R$ 354 mi – Atlético-MG (A, 13º)
10º) R$ 289 mi – Cruzeiro (A, 17º)
11º) R$ 265 mi – Fluminense (A, 14º)
12º) R$ 215 mi – Vasco (A, 12º)
13º) R$ 191 mi – Botafogo (A, 15º)
14º) R$ 189 mi – Bahia (A, 11º)
15º) R$ 115 mi – Fortaleza (A, 9º)
16º) R$ 99 mi – Goiás (A, 10º)
17º) R$ 98 mi – Ceará (A,16º)
18º) R$ 39 mi – Sport (B, 2º)
19º) R$ 32 mi – América-MG (B, 5º)
20º) R$ 19 mi – Atlético-GO (B, 4º)
* Campeão da Libertadores
** Campeão da Copa do Brasil

As maiores receitas com direitos de TV (e premiações) em 2019
1º) R$ 329 mi – Flamengo
2º) R$ 238 mi – Palmeiras
3º) R$ 189 mi – Corinthians
4º) R$ 181 mi – Grêmio
5º) R$ 160 mi – Athletico-PR
6º) R$ 155 mi – Internacional
7º) R$ 137 mi – São Paulo
8º) R$ 121 mi – Atlético-MG
9º) R$ 119 mi – Vasco
10º) R$ 110 mi – Santos
11º) R$ 108 mi – Fluminense
12º) R$ 106 mi – Cruzeiro
13º) R$ 101 mi – Botafogo
14º) R$ 81 mi – Bahia
15º) R$ 69 mi – Goiás
16º) R$ 49 mi – Ceará
17º) R$ 46 mi – Fortaleza
18º) R$ 10 mi – América-MG
19º) R$ 10 mi – Atlético-GO

As maiores receita com transferências de jogadores em 2019
1º) R$ 300 mi – Flamengo
2º) R$ 216 mi – Santos
3º) R$ 136 mi – Internacional
4º) R$ 133 mi – Athletico-PR
5º) R$ 126 mi – Grêmio
6º) R$ 108 mi – Palmeiras
7º) R$ 108 mi – Cruzeiro
8º) R$ 108 mi – São Paulo
9º) R$ 106 mi – Atlético-MG
10º) R$ 105 mi – Fluminense
11º) R$ 45 mi – Corinthians
12º) R$ 45 mi – Bahia
13º) R$ 45 mi – Botafogo
14º) R$ 15 mi – Ceará
15º) R$ 14 mi – Vasco
16º) R$ 6 mi – Fortaleza
17º) R$ 4 mi – América-MG
18º) R$ 1 mi – Goiás
19º) R$ 0,5 mi – Atlético-GO

As maores receita com “matchday” em 2019 (bilheteria, acordos com arenas etc)
1º) R$ 175 mi – Flamengo
2º) R$ 108 mi – Palmeiras
3º) R$ 94 mi – Internacional
4º) R$ 83 mi – Corinthinas
5º) R$ 83 mi – Grêmio
6º) R$ 59 mi – São Paulo
7º) R$ 58 mi – Athletico-PR
8º) R$ 52 mi – Vasco
9º) R$ 36 mi – Bahia
10º) R$ 32 mi – Cruzeiro
11º) R$ 31 mi – Fortaleza
12º) R$ 27 mi – Atlético-MG
13º) R$ 24 mi – Santos
14º) R$ 23 mi – Ceará
15º) R$ 22 mi – Fluminense
16º) R$ 17 mi – Botafogo
17º) R$ 14 mi – Goiás
18º) R$ 12 mi – Sport
19º) R$ 2 mi – Atlético-GO
20º) R$ 0,3 mi – América-MG

Os nordestinos que já passaram de R$ 100 milhões
2016 – Bahia (129 mi, 14º), Sport (129 mi, 15º) e Vitória (111 mi, 16º)
2017 – Sport (105 mi, 15º) e Bahia (104 mi, 16º)
2018 – Bahia (136 mi, 14º) e Sport (104 mi, 15º)
2019 – Bahia (189 mi, 14º) e Fortaleza (115 mi, 15º)

As análises do blog sobre os balanços do NE
Balanço do Bahia em 2019 aponta receita recorde no Nordeste e passivo maior

Balanço do Fortaleza em 2019 registra a maior receita da história do clube

Balanço do Ceará em 2019 registra o 5º superávit seguido e receita recorde

Balanço do Sport em 2019 aponta a menor receita na década e 7º déficit seguido


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