Os 11 maiores vencedores do futebol pernambucano, de 4 a 149 títulos oficiais no estado.
Na história do futebol pernambucano já foram celebrados 438 títulos de âmbito estadual, considerando as nove categorias acessíveis aos clubes da primeira divisão. Na prática foram 439, uma vez que uma taça foi compartilhada – detalhes a seguir. Esse quadro faz parte do levantamento do blog, que contabilizou todas as edições com dados conhecidos. Além do resgate de conquistas esquecidas, o objetivo é ranquear os maiores vencedores das competições organizadas pela FPF, independentemente do peso natural de cada disputa, obviamente.
De 1915 até 2022, com a temporada local encerrada em 26 de novembro, com o tetra dos juvenis do Sport, 24 clubes já conquistaram algum troféu oficial, incluindo disputas extintas, como o Torneio Início e o Campeonato de Aspirantes. Com 356 taças, o trio de ferro abocanhou 81,2% dos títulos de âmbito estadual. Neste ano, o Sport chegou a 149 troféus, ficando 43 à frente do Santa (106) e 48 à frente do Náutico (101), que este ano conseguiu o bicampeonato profissional. Com a criação da categoria Sub 13, em 2021, agora só o leão tem títulos em todas categorias – antes, sem o mirim, os três grandes tinham este status.
Num recorte só com o interior, são 24 taças, ou 5,4% do total. O Vitória é o maior vencedor fora da região metropolitana, com 10 títulos. Vale destacar que o critério é na divisão principal, seja qual for a categoria. Em 2022, por exemplo, o Central venceu a Série A2, mas o título não entra aqui, com a patativa seguindo com 4 conquistas, a última delas em 2001, com a Copa Pernambuco. Ainda vale observar, como curiosidade, o recorte sobre a “base”. Contabilizando os troféus dos torneios vigentes no mirim (Sub 13), infantil (Sub 15), juvenil (Sub 17) e júnior (Sub 20), já foram 166 edições, com 70 títulos do Sport (42%), 39 do Náutico (23%) e 35 do Santa Cruz (21%), que não ganha algo do tipo desde o juvenil em 2012.
Relembre as publicações sobre os campeões pernambucanos em 2022
– Profissional (Série A1): Náutico (24º título)
– Profissional (Série A2): Central (2º título)
– Sub 20 (júnior): Sport (38º título)
– Sub 17 (juvenil): Sport (18º título)
– Sub 15 (infantil): Retrô (2º título)
– Sub 13 (mirim): Sport (1º título)
– Feminino (aberto): Sport (8º título)
Na sequência, confira um resumo de cada campeonato e os quatro maiores vencedores de cada. No fim do post, o quadro completo com todos os campeões e o ranking absoluto.
Campeonato Pernambucano (1915-2022)
108 edições e 8 campeões // É a competição mais antiga do estado, realizada de forma contínua há mais de cem anos. No passado, o Estadual chegou a ser apelidado pela imprensa de “campeonato citadino”, pois todos os times eram sediados na capital. Somente em 1937 houve a estreia do interior, com o Central. Curiosamente, aquele ano também marcou o início do profissionalismo no futebol local. Porém, o torneio só “alcançou” o interior em 2020, com o título do Salgueiro. Atual bicampeão, o Náutico reduziu para 5 taças a diferença em relação ao Santa. Já o Sport lidera isoladamente desde 1924.
Maiores vencedores
1) Sport, 42 vezes
2) Santa Cruz, 29 vezes
3) Náutico, 24 vezes
4) América, 6 vezes
Torneio Início (1919-1981)
63 edições e 10 campeões // Também chamado de “Festival da Liga”, devido ao antigo nome da federação pernambucana, a disputa ocorria inteiramente em um dia, num só estádio e envolvendo as formações principais dos participantes do PÉ. Como? Reduzindo o tempo das partidas de 90 para apenas 20 minutos, num formato eliminatório simples, com quartas, semifinal e final. O “Torneio Initium” era uma espécie de confraternização entre os clubes filiados no início da temporada. Foi regular de 1919 a 1981.
Maiores vencedores
1) Sport, 18 vezes
2) Náutico, 14 vezes
3) Santa Cruz, 12 vezes
4) América, 11 vezes
Copa Pernambuco (1994-2019)
19 edições e 9 campeões // Nos anos 90, com o crescimento do tempo de disputa do Brasileirão, a FPF criou um torneio para movimentar os clubes à parte do BR no segundo semestre. Depois, a copa também incluindo os clubes da capital, mesmo envolvidos no Nacional. Não por acaso, quase sempre com equipes reservas ou atletas da base. Após sete anos parado, voltou em 2019, com o Santa virando recordista, mas foi descontinuado de novo.
Maiores vencedores
1) Santa Cruz, 5 vezes
2) Manchete (ex-Recife FC), 4 vezes
3) Sport, 3 vezes
4) Vitória, 2 vezes
Aspirantes (1916-1996)
62 edições e 10 campeões // Começou em 1916, na disputa dos “segundos quadros”. Ou seja, dos times reservas – lembrando que não havia substituição na época, então a definição entre titulares (1º quadro) e reservas (2º quadro) servia para a composição dos respectivos torneios. Mudou de nome 2x, em 1939 (amador) e 1953 (aspirantes), tornando-se intermitente nos anos 70 e acabando em 1996. É o torneio com mais lacunas na lista de campeões, com a dificuldade no acervo dos jornais e no arquivo da FPF.
Maiores vencedores
1) Santa Cruz, 24 vezes
2) Náutico, 19 vezes
3) Sport, 8 vezes
4) América, 3 vezes
Sub 20, Júnior (1920-2022)
101 edições e 8 campeões // O primeiro campeonato de base em Pernambuco correspondeu à disputa dos “terceiros quadros”, em 1920. O torneio de “team inferior”, com jovens de 11 a 16 anos, com no máximo 1,60m (!), durou até 1930, tendo jogos de 50 minutos. Depois, foi renomeado para “campeonato juvenil” – isso mesmo, o juvenil era o que hoje chamamos de júnior. Virou júnior, de fato, em 1980. Ao longo dos anos, a faixa de idade foi variando, 13-17, 14-20, 16-19, 18-20 e, finalmente, “no máximo 20 anos”. É o segundo torneio mais longevo de PE. Na lista no blog, restam duas lacunas: 1927 e 1929.
Maiores vencedores
1) Sport, 38 vezes
2) Santa Cruz, 28 vezes
3) Náutico, 25 vezes
4) Porto, 4 vezes
Sub 17, Juvenil (1980-2022)
36 edições e 7 campeões // Em 1980, a federação pernambucana resolveu dividir o campeonato da base em duas faixas etárias, com 18-20 anos para o júnior e 15-17 anos para o juvenil. No caso do Sub 17, a lista está incompleta, com a ausência de alguns campeões no início dos anos 90 – ou mesmo a informação se houve disputa. Em 1995 a competição foi reformulada pela FPF, ganhando um caráter “aberto”, juntando filiados profissionais e amadores. Desde então só não foi realizada em 2006.
Maiores vencedores
1) Sport, 18 vezes
2) Náutico, 10 vezes
3) Santa Cruz, 4 vezes
4) Benfica, Central, Íbis e Unibol, 1 vez
Sub 15, Infantil (1995-2022)
27 edições e 9 campeões // Esta categoria foi criado em 1995, nos mesmos moldes do juvenil. Ou seja, é um torneio aberto. Neste caso, com mais surpresas, como os títulos do Grêmio de Jaboatão e do São Paulo da UR-11, ambos amadores. Desde a criação, só não foi realizado em 2006. Outra curiosidade é o tempo dos jogos no infantil: de 70 a 80 minutos. A diferença se deve à maturação física dos atletas, ainda em desenvolvimento.
Maiores vencedores
1) Sport, 13 vezes
2) Náutico, 4 vezes
3) Santa Cruz, 3 vezes
4) Retrô, 2 vezes
Sub 13, Mirim (2021-2022)
2 edições e 2 campeões // Essa é a categoria mais nova de todas no rol da FPF, tanto para quem compete, sendo limitada a adolescentes de até 13 anos, quanto em relação ao próprio surgimento, com apenas duas edições realizadas.
Maiores vencedores
1) Retrô e Sport, 1 vez
Feminino (1999-2022)
20 edições e 4 campeões // Nos anos 80, os clubes do Recife chegaram a montar times femininos, mas apenas para amistosos. Somente em 1999 houve o primeiro campeonato estadual, com o Clássico das Multidões na decisão, marcada pelo histórico “gol de bunda” da atacante Jô, do Sport. Após duas edições veio um hiato de quatro anos. Desde 2005, a disputa é regular, mesmo com edições curtas e com quase todos os times amadores. Em 2019, a CBF passou a exigir departamentos femininos a times da Série A do BR masculino.
Maiores vencedores
1) Vitória* e Sport, 8 vezes
3) Náutico, 4 vezes
4) Santa Cruz*, 1 vez
* Um título foi obtido numa parceria legal entre Vitória e Santa, em 2019
A seguir, confira o quadro com todos os campeões ano a ano, campeões e vices de cada categoria e o ranking absoluto. No topo de cada tópico você pode selecionar a seta para cima ou para baixo, com ordem numérica ou alfabética. Caso esteja num celular, você pode virar a tela para visualizar o quadro de melhor forma. Obs. “n/i” significa “não informado”.