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A evolução das receitas do Ceará, com crescimento nos três anos seguidos na elite nacional.

A permanência do Ceará na Série A só foi confirmada na última rodada, com drama. O vozão escapou somando 39 pontos, a menor pontuação desde que a competição passou a ter 20 clubes nos pontos corridos. E haja diferença em relação à situação financeira a partir deste cenário. Em 2020, o clube irá para o 3º ano seguido na primeira divisão e terá a maior receita de sua história, superando a barreira de R$ 100 milhões. Caso tivesse caído, o valor dificilmente chegaria à metade.

O orçamento alvinegro, com R$ 30,4 milhões a mais que a projeção anterior, foi aprovado de forma unânime pelo conselho deliberativo em 26 de dezembro. E o novo dado é bem preciso: R$ 100.424.786,98. Embora a nota oficial do clube não tenha detalhado a origem do montante (TV, sócios, bilheteria, venda de jogadores, marca própria Vozão, marketing etc), o texto traz alguns dados interessantes, como o investimento no futebol. Somando o futebol profissional, a base, o futebol feminino e o gasto com estrutura, serão R$ 68,4 milhões, ou 68,1% da receita total – o Fortaleza, que terá uma receita de R$ 109 mi, vai gastar 66,9% no departamento.

E o próprio alvinegro confirma o direcionamento mais acentuado: “o principal foco da diretoria será o departamento de futebol e, consequentemente, a maioria dos investimentos do vozão estará voltada para o setor”. Em 2020, só o futebol profissional irá consumir R$ 59.099.551 (58,8%), sendo 52,3 mi com o elenco, 4,2 mi na comissão técnica e 2,5 mi com os demais profissionais do departamento. Ou seja, a tendência é que o clube siga brigando no mercado – em 2019, lembrando, foram quatro compras milionárias, totalizando R$ 10,4 milhões em diretos econômicos (Wescley, Leandro Carvalho, Richard e Luiz Otávio). Ainda vale pontuar que há um aporte de R$ 9.343.651 (9,3%) para as demais áreas citadas.

Despesas grande, mas com superávit
Sobre a receita total há uma previsão de dedução de R$ 7.053.503 em impostos, contribuições e direitos de arena, entre outras deduções. Portanto, a receita líquida tende a ser de R$ 93.371.283. Considerando a despesa estimada em R$ 92.317.603, o Ceará terá um superávit de R$ 1.053.680. E isso vem sendo recorrente em Porangabuçu, que terminou com saldo positivo nos últimos quatro balanços financeiros divulgados (2015-2018). O relatório sobre 2019 será divulgado até abril de 2020, com a saúde financeira mantida justamente a partir da disputa do Brasileirão.

Previsão de orçamento do Ceará
2018 (A) – R$ 55.000.000
2019 (A) – R$ 70.000.000 (+27,2%)
2020 (A) – R$ 100.424.786 (+43,4%)

Faturamento do clube (balanços mais recentes)
2014 (B) – R$ 21.618.881 (+26,3%)
2015 (B) – R$ 29.590.400 (+36,8%)
2016 (B) – R$ 28.456.481 (-3,8%)
2017 (B) – R$ 31.901.433 (+12,1%)
2018 (A) – R$ 64.787.133 (+103,0%)

Alguns dados de receita em 2019
R$ 11.088.420 em bilheteria (renda bruta em 30 jogos)
R$ 55.575.000 em cotas de participação/premiação/transmissão na tevê

Competições em 2020 (4)
Campeonato Cearense, Nordestão, Copa do Brasil e Série A

Nota do blog
Em campo, a temporada de 2019 passou longe do imaginado pelo alvinegro – diretoria e torcida. Nem mesmo na Série A. Entretanto, a margem mais baixa para a 16ª colocação, a primeira posição acima do Z4, ajudou o clube a consolidar o momento administrativo-financeiro. Com a queda, o lastro para investimentos (e aquisições) poderia se perder. Agora, por outro lado, o clube ganhou a chance de voltar aos trilhos. E a oportunidade vem com ainda mais dinheiro.

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