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O goleiro Felipe Alves evitou a derrota do atual campeão regional. Foto: Fortaleza/instagram.

O primeiro clássico entre tricolores e alvinegros no Castelão, em 2020, teve emoção até o fim, mas terminou sem um vencedor, embora com uma torcida visivelmente mais feliz – ou aliviada. No caso, a do Fortaleza, que viu o seu goleiro espalmar um pênalti (controverso) cobrado por Vinícius aos 46 do 2º tempo.

Havia uma expectativa grande na partida, reunindo os times mais caros da história dos clubes. Em relação ao orçamento desta temporada, o Fortaleza projetou R$ 109,0 milhões, enquanto o Ceará estimou R$ 100,4 milhões. Na soma, R$ 209,4 milhões – não por acaso, o vozão fez três compras milionárias e o leão contratou David por R$ 5 mi. Equilíbrio nas finança e disparidade no comando técnico, com o duelo entre Rogério Ceni, empilhando taças no leão, e Argel, que ainda não venceu à frente do vozão. Teve a chance no último lance, mas teve que aceitar a ampliação do scout particular, agora com 6E e 1D.

Sobre a partida, é preciso destacar que a aura de clássico “meio a meio” acabou, com o mandante tendo 70% dos ingressos. E o mando era do Fortaleza, mais à vontade. Até levar o gol de Klaus, aos 32. O zagueiro de 1,88 nem precisou pular para cabecear. Se aproveitou do buraco na marcação para deixar o Ceará à frente e mudar a atmosfera da partida. E quase fez 2 x 0 na largada do 2T, com Sóbis acertando a trave. Embora tenha batalhado, o Fortaleza não fazia uma grande partida, mas acabou chegando ao empate num golaço, aos 17.

Numa bicicleta de Osvaldo, um lance daqueles para acordar qualquer estádio, quanto mais o Castelão. E a última meia hora talvez tenha sido o momento mais legal do jogo, encerrado com um pênalti – Rodrigão cabeceou no braço de Quintero; pela distância, achei a marcação errada. Com a defesa de Felipe, a torcida mandante festejou de novo, embora sem os três pontos. Aliás, os dois rivais somaram apenas 2 de 6 na Lampions, pouco para tanto dinheiro.

Escalação do Fortaleza (melhores: 1 Osvaldo, 2 Felipe Alves; pior: Quintero)
Felipe Alves; Gabriel Dias, Bruno Melo, Quintero e Carlinhos; Juninho (Nenê, 42/2T), Felipe, Mariano Vázquez e Romarinho; Wellington Paulista (Cariús, 27/2T) e Osvaldo (Ederson, 27/2T). Técnico: Rogério Ceni

Escalação do Ceará (melhores: 1 Charles, 2 Klaus; pior: Leandro Carvalho)
Fernando Prass; Samuel Xavier, Klaus, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; William Oliveira, Charles e Felipe Silva (Vinícius, 32/2T); Rogério, Rafael Sóbis (Rodrigão, 27/2T) e Leandro Carvalho (Rick, 18/2T). Técnico: Argel Fucks

As 9 edições do Clássico-Rei no Nordestão (3V do vozão, 5E e 1V do leão)
1º) 19/01/1997 – Ceará 1 x 0 Fortaleza
2º) 22/01/1997 – Fortaleza 0 x 0 Ceará
3º) 21/02/2001 – Ceará 1 x 2 Fortaleza
4º) 02/03/2002 – Fortaleza 1 x 1 Ceará
5º) 30/06/2010 – Fortaleza 0 x 2 Ceará
6º) 04/02/2015 – Ceará 1 x 1 Fortaleza
7º) 18/03/2015 – Fortaleza 1 x 2 Ceará
8º) 17/03/2019 – Ceará 1 x 1 Fortaleza
9º) 01/02/2020 – Fortaleza 1 x 1 Ceará

Histórico geral de Fortaleza x Ceará (todos os mandos)
577 jogos
195 vitórias alvinegras (33,7%)
206 empates (35,7%)
176 vitórias tricolores (30,5%)

Leia mais sobre o assunto
Castelão segue sob gestão de Fortaleza e Ceará em 2020. Projeção de renda chega a R$ 28 milhões

A análise do Podcast 45 Minutos (Celso Ishigami, João Pereira, Thiago Minhoca e Rodolpho Moreira):

Abaixo, assista aos melhores momentos da partida, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.


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