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Os times correram mais no 1T, com o ritmo caindo bastante no 2T. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz.

Em uma disputa bem equilibrada, mas sem grandes chances de gol, Salgueiro e Santa Cruz empataram em 1 x 1 no jogo de ida da final do Campeonato Pernambucano de 2020. Assim, o tricolor da capital segura, mais uma vez, o carcará no início da decisão no Sertão – em 2015 foi 0 x 0. A volta, como há cinco anos, será no Arruda. De cara, uma diferença massiva. Daquela vez, os corais foram apoiados por 46.370 torcedores. Na próxima quarta, cumprindo o protocolo de prevenção ao Covid-19, o Mundão estará com as arquibancadas vazias. Tal cenário mantém a disputa bem aberta, da mesma forma que a pressão na ida foi bastante amenizada.

Sobre a partida, na qual o Santa trocou mais de 250 passes, muito mais que o Salgueiro, o duelo foi equilibrado do início ao fim, mas em rotações diferentes. Um jogo mais acelerado no 1T e bem mais comedido no 2T, praticamente sem exposição. Vale destacar que, de última hora, o lateral/zagueiro Célio foi acionado no lugar do atacante Victor Rangel, mudando bastante a configuração do Santa. Como Fabiano foi deslocado para o meio, o time saiu do 4-3-3 para o 4-4-2 – embora Didira tenha tido mais liberdade no meio-campo.

No 1T, sob bastante marcação, o mandante tentou forçar um pouco mais. E acabou chegando ao gol “por acaso”, através do meia Renato Henrique, num chute de fora de área. Isso porque Maycon Cleiton, um dos destaques da competição, acabou tomando um frango. Aos 13 minutos, a vantagem poderia ter balizado a atuação sertaneja, mas o time só ficou à frente por 2 minutos, com Danny Morais se antecipando ao também zagueiro Arthur para escorar o escanteio cobrado por Didira. No 2T, Itamar conseguiu reorganizar o time coral, quando pôde contar com Victor Rangel – vetado a princípio por um desconforto. Apesar disso, tendo mais a posse, o time não chegou com perigo ao gol de César Tanaka, que fez só uma defesa. Do outro lado, só uma cabeçada, de Ciel, num lance legal no qual a arbitragem assinalou impedimento. Na noite de quarta-feira, em algum momento, o jogo tende a ser mais incisivo. É o último gás.

Campanha dos finalistas (após 11 jogos)
27 pts – Santa Cruz (8V, 3E e 0D; +12 SG; 17 GP)
20 pts – Salgueiro (6V, 2E e 3D; +6 SG; 16 GP)

Escalação do Salgueiro (melhor: Ciel; piores: 1 Alison, 2 Arthur)
Tanaka; Sinho, Ranieri, Arthur e Daniel Nazaré; William Daltro, Bruno Sena e Renato Henrique (Raimundinho, 40/2T); Alison Araçoiaba (Tarcísio, intervalo), Ciel e Muller Fernandes (Thomas Anderson, 40/2T). Técnico: Daniel Neri

Escalação do Santa (melhores: 1 Paulinho, 2 Danny; piores: 1 Maycon, 2 Pipico)
Maycon Cleiton; Toty, William Alves, Danny Morais e Célio Santos (Tinga, intervalo); André (Bileu, 22/2T), Paulinho, Fabiano e Didira (Jeremias, 35/2T); Derlis Alegre (Victor Rangel, intervalo) e Pipico. Técnico: Itamar Schulle

Histórico geral de Salgueiro x Santa Cruz (todos os mandos)
41 jogos
17 vitórias tricolores (41,4%)
12 empates (29,2%)
12 vitórias salgueirenses (29,2%)

Curiosidade 1
Agora, em caso de título, o Santa Cruz terminará o campeonato invicto. Caso conquiste o Estadual desta forma, quebrará um hiato de 88 anos, desde a última (e única) conquista sem derrotas. Em 1932, o tricolor venceu os 12 jogos disputados. Até hoje tivemos 12 campeões invictos em PE.

Curiosidade 2
Na verdade, é um lembrete do regulamento. No caso, não há gol qualificado. Em caso de empate na volta, seja qual for o placar, teremos pênaltis. Quem vencer no tempo normal fica com a taça da 106ª edição. O Santa tenta a 30ª taça, enquanto o Salgueiro busca a 1ª da história do interior.

Curiosidade 3
Em 2015, quando decidiram o título pela primeira vez, Santa Cruz e Salgueiro fizeram dois jogos equilibrados, cujo confronto foi decidido com 1 gol em 180 minutos. O tento foi anotado pelo atacante coral Anderson Aquino aos 24 minutos do 2º tempo, num chute de fora da área.

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami, Diego Borges e Fred Figueiroa):

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