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Jairo Rocha, o presidente do Santa Cruz em 2023

A primeira entrevista do mandatário coral foi na sede da federação. Foto: Fotos: Rafael Vieira/FPF.

A eleição do Santa Cruz para o triênio 2024-2026 foi antecipada para o dia 4 de novembro, numa decisão entre os presidentes do Executivo, Jairo Rocha, que assumiu após a renúncia de Antônio Luiz Neto, e do Conselho Deliberativo, Marino Abreu. Esse processo tende a ser determinante sobre a implantação da SAF, que ainda não tem valores divulgados, mas já é tida como “90% concluída”. Foi desta forma que Jairo Rocha abordou o tema durante a sua apresentação na nova função no tricolor, em 27 de setembro.

Dois dias depois veio a primeira nota oficial de seu mandato-tampão, com o anúncio de uma negociação com investidores interessados na futura Sociedade Anônima do Futebol do Santa – veja nas aspa abaixo. Agora, o segundo comunicado, voltado às eleições junto aos sócios.

“(…) o presidente em exercício do Santa Cruz Futebol Clube, Jairo Rocha, se reuniu com um representante dos investidores da SAF do Santa Cruz. O encontro aconteceu de forma presencial, em Recife. A conversa foi extremamente positiva e todos os alinhamentos necessários dentro da atual etapa do processo da SAF foram feitos. Agora, clube e investidores vão revisar os termos e o cronograma da proposta, para dar sequência com os próximos passos.”

O que já se sabe sobre a SAF

A ideia é que a proposta requalifique o Arruda, faltando definir o nível desta reforma. O atual mandatário destacou na coletiva que a venda da SAF não irá comprometer ativos como a sede ou o centro de treinamento, com o Santa Cruz mantendo as suas propriedades. Semelhante à proposta articulada, mas ainda não oficializada, no Náutico, e já referendada no Coritiba e no Vasco, outros clubes com patrimônio físico considerável – mantiveram a posse do Couto Pereira e São Januário. Segundo a reavaliação encomendada pela direção coral, o patrimônio construído na área de 58 mil m² valeria R$ 245 milhões.

Antes disso tudo, espera-se a liquidação das dívidas. Hoje, o clube tem um passivo de R$ 292 milhões, já em Recuperação Judicial, visando uma negociação coletiva com dezenas de credores. Em relação ao futebol propriamente dito, o Santa deverá atuar por apenas quatro meses em 2024, no Pernambucano e na Pré-Copa do Nordeste. A partir de abril, caso não ocorra uma reviravolta, serão oito meses de inatividade no futebol profissional, ficando ausente do Brasileirão depois de 55 anos. Nota-se que a melhora administrativa e estrutural deverá anteceder bastante as primeiras respostas no campo.

Os próximos passos nas duas frentes

Imerso num cenário caótico, o Santa até avançou em suas frentes na última semana. No entanto, ainda falta bastante. No processo político, cujo próximo presidente deverá ter um poder efetivo por pouco tempo, basicamente até a SAF, os nomes seguem sendo especulados. Ou seja, sem sinalização de uma cabeça de chapa que pacifique o ambiente.

Sobre a negociação da SAF, ela pode até estar em “90%”, mas precisará ser examinada pelos sócios e hoje não há base para ilustrar tamanha confiança. Não é questão de informar um número, como “R$ 500 milhões”, “R$ 800 milhões” ou “R$ 1 bilhão”, por exemplo, mas sim a forma como o Santa Cruz passará a ser administrado e por quem será administrado…

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