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A festa do clube de Fortaleza instantes antes da confusão. Foto: Ronaldo Oliveira/Floresta.

A temporada de 2021 foi a pior da história do Santa Cruz, com vexames do início ao fim, passando nas mãos de cinco técnicos e de um presidente completamente isolado e perdido em termos de gestão do futebol. Após o Estadual, a Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e a Série C, onde foi rebaixado de novo, veio a seletiva por uma vaga na fase de grupos no Nordestão de 2022.

A campanha no Pernambucano já havia tirado o time desta disputa, mas a ampliação de 20 para 36 clubes acabou abrindo um lugar através do ranking. Inclusive, por este motivo, o clube coral foi o mandante na disputa eliminatória em jogo único contra o Floresta. No caso, valendo pela 2ª fase da “Pré-Copa do Nordeste”, com a necessidade de passar da 3ª para confirmar a vaga. E tal disputa será com o Floresta em campo, pois o Santa somou mais uma eliminação no ano.

No reencontro com a torcida após 586 dias, com 3.599 tricolores na Arena PE, o Santa, agora com Leston Júnior, cedeu o empate três vezes! A defesa foi uma peneira a noite toda, num rendimento até pior que o do BR. Não bastasse o fato de ter sido vazado duas vezes já na reta final, aos 35 e 46 do 2º tempo, todos os gols do Floresta ocorreram com plena liberdade.

No primeiro tento do visitante, a triangulação foi bonita, mas o espaço cedido no lance foi inaceitável, sem ninguém acompanhando ou mesmo num posicionamento melhor. Nos outros lances, dois cruzamentos da direita, com Breno Calixto e William Alves apenas observando. Pelo lado coral, que teve bom volume ofensivo, o oportunismo de Pipico, que marcou duas vezes e chegou a 46 gols em 107 partidas, e a presença de Vitinho, o melhor jogador coral na partida, embora tenha sido substituído após 72 minutos, igualaram o movimentado jogo.

No desempate, mais do mesmo. Decisivo no tempo normal, Pipico abriu a disputa de pênaltis acertando o travessão, com os cearenses acertando todas as cobranças até fechar em 4 x 2. O Santa ainda desperdiçou outra, com Breno Calixto, que foi, disparado, o pior em campo.

Calendário em 2022 parte com apenas 24 jogos
Esse jogo em São Lourenço encerrou oficialmente a temporada do Santa em 2021, já deixando o calendário de 2022 num tamanho inviável para um clube deste porte. O tricolor terá apenas o Estadual (mínimo de 10 jogos) e Série D (mínimo de 14), tendo aí apenas uma cota, do PE, de R$ 1 milhão. Logo, receita mínima também. Nesta temporada foram 40 jogos, somando todas as competições após o início da gestão de Joaquim Bezerra, com apenas 7 vitórias, incluindo aí um jejum quatro meses sem triunfo em casa. Ao todo, o time teve 7V, 12E e 21D, com 27,5% de aproveitamento, o pior em 108 anos de atividade no futebol. Copa do Nordeste? Só em 2023, ganhando o título estadual ou tendo que encarar de novo a seletiva, que não é fácil…

Escalação do Santa Cruz (melhor: Vitinho; piores: Breno, William e Rafael Castro)
Jordan; Lucas Rodrigues (Rafael Castro), Wiliam Alves, Breno Calixto e Leonan; Maycon Lucas, Vitinho (Caetano) e Tarcísio (João Cardoso); Frank (Eduardo), Lelê e Pipico. Técnico: Leston Júnior

Escalação do Floresta (melhores: Douglas Dias e Mailson)
Douglas Dias; Daniel, Alisson, Mailson e Fábio Alves; Jô, Thalison e Renê (Carlos Renato); Paulo Vyctor (Athyrson), Eugênio (Wagner) e Flávio Torres (Dudu). Técnico: Daniel Rocha

Os três confrontos oficiais na história (1V tricolor e 2E)
1º) 05/06/2021 – Santa Cruz 0 x 0 Floresta (Arruda), Série C
2º) 07/08/2021 – Floresta 0 x 2 Santa Cruz (Raimundão), Série C
3º) 19/10/2021 – Santa Cruz (2) 3 x 3 (4) Floresta (Arena PE), Nordestão

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Após a eliminação, vários torcedores invadiram o gramado para cobrar os jogadores, que correram até o túnel de entrada. Abaixo, o início da confusão, num vídeo de Camila Sousa, do site NE45. Vexame na gestão, no futebol e também no comportamento. Ano para esquecer.


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