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A evolução do “valuation” dos sete clubes nordestinos presentes no estudo sobre 2021.

A segunda versão do estudo produzido pela Sports Value aponta um crescimento tímido na avaliação econômica dos 30 maiores times do país. A soma passou de R$ 25,1 bilhões para R$ 25,3 bilhões, com a lista sendo liderada novamente pelo Flamengo, embora o Palmeiras, hoje vice-líder, tenha reduzido a diferença em R$ 336 milhões. Sim, a escala aqui é grande. Os dois primeiros, que decidiram o título da Libertadores, estão avaliados em R$ 5,0 bilhões, ou 19,9% do “Top 30”.

Em relação ao Nordeste, os clubes presentes são os mesmos da primeira versão do estudo. Os sete times (justamente o “G7”) estão avaliados em R$ 2,184 bilhões, com uma redução de 2,2% sobre 2020, quando apareceram com R$ 2,234 bi. De forma absoluta, -50 mi. Em tese, o número de 2021 é estável, mas internamente ocorreram mudanças interessantes. O Bahia segue à frente na região, mas o seu “valuation” caiu 17%, num reflexo direto do rebaixamento. Antes, valia mais de meio bilhão. Agora, está cotado em R$ 459 mi – confira o ranking abaixo.

Obviamente o mesmo se aplica ao Sport, com redução de 16% e perda de uma posição no recorte regional, sendo ultrapassado pelo Fortaleza – 351 mi vs 345 mi. Enquanto isso, o Ceará passou o Náutico e encostou no Santa, cuja posição é sustentada pelo Arruda, uma vez que o patrimônio pesa na tabulação – logo, Ilha (leão) e Aflitos (timbu) também têm influência. Sobre o quarteto que disputou a última edição da 1ª divisão, vale uma comparação sobre os caminhos tomados, opostos. A soma de Bahia e Sport (agora na B) caiu de R$ 962 mi para R$ 804 mi, com redução de R$ 158 milhões, enquanto a soma de Fortaleza e Ceará (na Série A) saltou de R$ 513 mi para R$ 643 mi, com aumento de R$ 130 milhões. Portanto, a diferença de Bahia/Sport sobre Fortaleza/Ceará caiu de R$ 449 mi para R$ 161 mi. E isso vai ao mercado.

A projeção da Sports Value foi feita em quatro pilares, com ativos (caixa no banco, aplicações, estádio, CT e edificações), direitos econômicos de jogadores (com estimativas a partir do site Transfermarkt, cujo cálculo vem caindo em desuso por falta bases concretas – aqui, acho um erro deste estudo), valor da marca (mercado consumidor, engajamento e distribuição geográfica) e direitos esportivos (receitas garantidas nas competições, TV e premiações). Ou seja, a avaliação é flutuante, como ficou claro no comparativo entre os nordestinos.

Nota do blog
Em relação ao patrimônio, o estudo conta os valores declarados pelos clubes nos demonstrativos contábeis. Recentemente, o Santa fez uma atualização do Arruda, algo legal. Já Náutico, Sport e Vitória seguem com dados congelados sobre as áreas (no caso do leão do Recife, há mais de 20 anos), escolha também prevista na lei. Por isso, é possível haver distorções em alguns clubes.

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Abaixo, a lista com os 30 clubes mais valiosos do país até dezembro de 2021, de acordo com a Sports Value, com o valor absoluto de cada um. Entre parênteses e em sequência, a variação em reais sobre o “valuation” de 2020 e a mudança na respectiva colocação sobre 2020.

Do 1º ao 10º (nenhum time do NE)
1º) R$ 2,692 bi – Flamengo (-181 mi; igual)
2º) R$ 2,349 bi – Palmeiras (+155 mi; +1)
3º) R$ 2,278 bi – Corinthians (-1 mi; -1)
4º) R$ 1,966 bi – Atlético-MG (+264 mi; +3)
5º) R$ 1,785 bi – Athletico-PR (+110 mi; +1)
6º) R$ 1,718 bi – Internacional (-31 mi; -1)
7º) R$ 1,716 bi – São Paulo (-62 mi; -3)
8º) R$ 1,500 bi – Grêmio (-46 mi; igual)
9º) R$ 1,088 bi – Fluminense (+45 mi; igual)
10º) R$ 967 mi – Santos (+62 mi; +1)

Do 11º ao 20º (3 times do NE)
11º) R$ 802 mi – Vasco (-151 mi; -1)
12º) R$ 692 mi – Bragantino (+320 mi; +5)
13º) R$ 635 mi – Cruzeiro (-202 mi; -1)
14º) R$ 511 mi – Botafogo (-94 mi; -1)
15º) R$ 459 mi – Bahia (-91 mi; -1)
16º) R$ 402 mi – América-MG (+82 mi. +3)
17º) R$ 396 mi – Coritiba (-62 mi; -2)
18º) R$ 351 mi – Fortaleza (+97 mi; +6)
19º) R$ 345 mi – Sport (-67 mi; -3)
20º) R$ 340 mi – Atlético-GO (+179 mi; +9)

Do 21º ao 30º (4 times do NE)
21º) R$ 300 mi – Guarani (+18 mi; n/d)
22º) R$ 297 mi – Ponte Preta (+20 mi; -1)
23º) R$ 295 mi – Santa Cruz (+3 mi; -3)
24º) R$ 292 mi – Ceará (+33 mi; -1)
25º) R$ 287 mi – Náutico (+24 mi; -3)
26º) R$ 239 mi – Goiás (-106 mi; -8)
27º) R$ 162 mi – Paysandu (+5 mi; +3)
28º) R$ 161 mi – Cuiabá (+21 mi; +5)
29º) R$ 159 mi – Avaí (-74 mi; -4)
30º) R$ 155 mi – Vitória (-49 mi; -4)


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