As folhas dos grandes clubes do Recife na largada das últimas 6 temporadas. Arte: Cassio Zirpoli.
Em 2023, os três grandes do futebol pernambucano terão um investimento mais modesto na largada em relação à última temporada. Observando as folhas do futebol profissional, com os três valores já repercutidos na imprensa, as reduções serão de -320 mil no Náutico, -200 mil no Sport e -100 mil no Santa. O comparativo é entre o Estadual de 2022 e o Estadual de 2023, previsto para começar em 7 de janeiro. No caso alvirrubro, a queda de -44% está relacionada ao rebaixamento.
Embora os três tenham falhado no último Brasileirão, o clube de Rosa e Silva foi o único a cair de divisão, da B (onde oscilou entre 500 mil e 700 mil mensais nos últimos anos) pra C. O novo valor, de R$ 400 mil, foi uma “estimativa grosseira” feita pelo presidente Diógenes Braga após a confirmação no Z4. Já o Sport segue com o elenco mais caro, mas a projeção de R$ 1,8 milhão, apurada por Tharcys Michel, da Rádio Transamérica, é a menor no triênio. Na última participação rubro-negra na Série A, em 2021, o valor foi de R$ 2,5 mi. A correção daquela cifra dá R$ 2,8 mi. Ou seja, R$ 1 milhão de diferença. Outra realidade.
No Santa Cruz, cuja estimativa da folha foi divulgada por Felipe Holanda, do Diario de Pernambuco, ainda há outro agravante. Pela primeira vez o clube terá uma investimento inferior a um clube intermediário. Atual vice-campeão pernambucano, o Retrô deverá gastar R$ 300 mil/mês, ou R$ 50 mil a mais que os corais. No tricolor, mesmo considerando o valor bruto, a folha de 2023 será a menor no período levantado pelo blog, sempre considerando o investimento no início do ano, costumeiramente abaixo do valor no campeonato nacional.
Ao todo, o trio de ferro deverá gastar R$ 2.450.000 em salários por mês no PE. Este patamar deverá se manter até abril, pelo menos. Em 2022 a soma dos três foi maior, com acréscimo de R$ 620 mil. Nos últimos anos, o maior valor agregado foi o de 2021, com R$ 3,6 milhões, ou mais de R$ 4 milhões com a correção através da Calculadora do Banco Central, disponível na web. Naquela temporada, o Sport estava na A, o Náutico na B e o Santa Cruz na C. Hoje, todo mundo está pior, seja no Campeonato Brasileiro ou seja nas finanças…
Abaixo, confira a evolução das folhas nos últimos seis anos – e as respectivas séries nacionais. Entre parênteses, os valores antigos corrigidos pelo índice econômico IPCA até esta data.
Folhas do trio de ferro no Pernambucano
2018 – R$ 2,95 milhões (R$ 3,84 mi)
2019 – R$ 1,42 milhão (R$ 1,78 mi)
2020 – R$ 2,15 milhões (R$ 2,58 mi)
2021 – R$ 3,60 milhões (R$ 4,14 mi)
2022 – R$ 3,07 milhões (R$ 3,21 mi)
2023 – R$ 2,45 milhões
* Soma das folhas mensais de Náutico, Santa e Sport
Folha salarial do Sport no PE
2018 (A) – R$ 2,5 milhões (R$ 3,2 mi)
2019 (B) – R$ 800 mil (R$ 1,0 mi)
2020 (A) – R$ 1,2 milhão (R$ 1,4 mi)
2021 (A) – R$ 2,5 milhões (R$ 2,8 mi)
2022 (B) – R$ 2,0 milhões (R$ 2,0 mi)
2023 (B) – R$ 1,8 milhão
Folha salarial do Náutico no PE
2018 (C) – R$ 200 mil (R$ 260 mil)
2019 (C) – R$ 290 mil (R$ 364 mil)
2020 (B) – R$ 500 mil (R$ 602 mil)
2021 (B) – R$ 700 mil (R$ 806 mil)
2022 (B) – R$ 720 mil (R$ 753 mil)
2023 (C) – R$ 400 mil
Folha salarial do Santa Cruz no PE
2018 (C) – R$ 250 mil (R$ 325 mil)
2019 (C) – R$ 330 mil (R$ 414 mil)
2020 (C) – R$ 450 mil (R$ 541 mil)
2021 (C) – R$ 400 mil (R$ 460 mil)
2022 (D) – R$ 350 mil (R$ 366 mil)
2023 (D) – R$ 250 mil
Os 12 participantes da Série A1 de 2023
Náutico (1º A1), Retrô (2º A1), Santa Cruz (3º A1), Salgueiro (4º A1), Sport (5º A1), Caruaru City (6º A1), Afogados (7º A1), Íbis (8º A1), Central (1º A2), Belo Jardim (2º A2), Maguary (3º A2) e Porto (4º A2)
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