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A evolução dos orçamentos do Náutico em 4 anos. A receita superou a previsão em 2018.

Em 2021, o Náutico terá apenas duas competições oficiais, o Campeonato Pernambucano e a Série B. Um calendário tão enxuto assim não acontecia desde 2004, ano em que ficou de fora da Copa do Brasile o Nordestão havia sido descontinuado. O desempenho na última temporada acabou custando a presença nas duas copas, tanto pela classificação do Estadual quanto pelo Ranking da CBF. E isso impactou profundamente no orçamento do clube de Rosa e Silva para “2021”.

Em relação ao orçamento apresentado pelo Executivo, analisado pela Conselho Fiscal e aprovado em janeiro, com ressalvas, pelo Conselho Deliberativo, a queda de 2020 para 2021 é de 39%. Percentual considerável, com R$ 7,8 milhões a menos na largada, com influencia também da ausência de bilheteria no Estádio dos Aflitos, devido aos jogos de portões fechados como medida de combate à Covid-19. Em ambas as temporadas a direção alvirrubra optou por cenários conservadores, sem avanços nas competições. Porém, para este ano, isso sequer faz diferença, pois não há premiação nem no Estadual nem no Brasileiro – a premiação seria o acesso, claro, mas com a receita fazendo diferença em 2022, não agora.

Ao blog, o presidente da Conselho Fiscal, Marcos Lavor, explicou algumas cifras presentes na planilha do clube. Hoje, a receita total é estimada em R$ 12,2 milhões, somando a cota da 2ª divisão, uma parcela da venda de Thiago (ao Flamengo), quadro de sócios e patrocínios, os mesmos do último ano. Só a cota de TV representa 50%! O quadro de sócios, que chegou a passar de 10 mil adimplentes, hoje está em pouco mais da metade, dificultando o cenário. Com o perfil contido, o Náutico não projetou a negociação de jogadores, embora seja uma necessidade evidente para fazer caixa – sendo basicamente a única variável efetiva. Em 2019, quando projetou R$ 14,9 milhões, também sem vendas, o timbu fechou três negociações: Thiago (4,9 mi), Luiz Henrique (1,0 mi) e Robinho (1,0 mi). Precisaria repetir isso.

Em relação às despesas, o clube prevê um gasto anual de R$ 11,1 milhões, somando futebol profissional (com folha de R$ 700 mil, segundo apuração à parte), esportes amadores e operação do clube. Em tese, geraria um superávit. No entanto, o clube também estima um passivo extra de R$ 4,8 milhões com pendências na Justiça do Trabalho, acordos já firmados e despesas extraordinárias. Ou seja, a despesa total pode chegar a R$ 15,9 milhões, com “déficit” de R$ 3,7 mi. Aspas necessárias sobre o orçamento, pois há uma cobrança interna para reduzir esse saldo (daí a ressalva do CD). Ou aumentando a receita ou reduzindo a despesa.

Dois balanços em processo de revisão
Há bastante tempo tenho o costume de publicar no blog os balanços financeiros do principais clubes da região. No caso do Náutico, o último demonstrativo contábil divulgado, referente a 2019, foi através de uma “versão sintética”, com pouquíssimas informações, não listando sequer a receita total no ano, ainda hoje desconhecida. Sobre isso, Lavor explicou que o clube vem refazendo os balanços anteriores, de 2018 e 2019, junto a uma auditoria independente, com o objetivo de republicá-los paralelamente à divulgação dos números sobre 2020, checando dados de entradas e saídas – recentemente, o Santa Cruz fez o mesmo. O prazo é até 30 de abril, de acordo com a lei.

Previsão de orçamento do Náutico (e o aumento sobre o ano anterior)
2018 (C) – R$ 14.671.828
2019 (C) – R$ 14.977.880 (+2,0%)
2020 (B) – R$ 20.012.000 (+33,6%)
2021 (B) – R$ 12.200.000 (-39,0%)

A receita total realizada pelo clube (e o aumento sobre o ano anterior)
2018 (C) – R$ 16.051.433 (-19,0%)
2019 (C) – Não divulgada (em revisão)
2020 (B) – Em andamento (divulgação até 30/04/2021)

A análise dos orçamentos dos principais clubes do NE em 2021: Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport.

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