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A evolução dos orçamentos do Vitória em 5 anos. A receita superou a previsão em 2017 e 2019.

O Vitória foi rebaixado no ano em que teve o maior orçamento de sua história, com R$ 102 milhões. Na ocasião, porém, a receita efetiva na temporada foi de R$ 87 milhões, ou 85,3% da estimativa. Veio a Série B e uma realidade drástica a partir da alteração contratual com a Rede Globo, agora sem a “cláusula paraquedas”, que garantia uma cota de 1ª divisão mesmo fora dela. A cada permanência na 2ª, então, um distanciamento econômico do cenário já vivido pelo clube baiano.

Longe do G4 em 2019 (12º) e 2020 (14º), o clube vai para o terceiro ano consecutivo fora do Brasileirão, algo que só havia acontecido duas vezes, em 1983-1985 e 2005-2007. E a conta vai chegando. Para esta temporada, o orçamento sofreu uma queda de 32,6% em relação à projeção anterior. Em termos absolutos, a redução é de R$ 17 milhões, ou cerca de R$ 1,4 mi por mês, o que deve influenciar diretamente no departamento de futebol em 2021.

O novo orçamento do leão foi aprovado pelo Conselho Deliberativo numa segunda reunião, em 27 de fevereiro – a primeira havia sido ainda em dezembro, quando foi autorizada apenas a receita de R$ 6,5 milhões para os dois primeiros meses. O dado total, informado por Diogo Lima, da Arena Rubro-Negra, vem, outra vez, atrelado ao conturbado cenário político do clube. Em 2019, na gestão de Ricardo David, foram apresentados três valores, caindo de R$ 72 mi até R$ 45 mi, o cenário mais factível. Desta vez, a direção de Paulo Carneiro apresentou uma receita total estimada em R$ 48 milhões, semelhante ao primeiro ano do presidente, mas foi vetada pelos conselheiros. O plano B, após a costura do Conselho Fiscal, ficou em R$ 35 milhões, mais condizente com a sequência atual, sendo também um choque de realidade.

Tem mais. Este orçamento, contando com uma cota de tevê de R$ 6 milhões pelo Campeonato Brasileiro (em vez de R$ 40/45 mi no modelo até 2018), será reavaliado a cada três meses. Ou seja, foi uma aprovação parcial, podendo variar para mais ou para menos. Em relação aos outros grandes clubes do Nordeste, o cenário do Vitória está aquém em termos de dados, como receita de sócios, patrocínios e premiações, além das despesas. Ainda assim, só com o histórico geral do rubro-negro, nota-se uma urgência no retorno à Série A, até mesmo para reduzir a distância ao rival. Em 2021, a diferença orçamentária entre Bahia e Vitória é de R$ 136,9 mi. Em 2018, quando estiveram juntos na elite, o hiato foi de R$ 17,7 mi. Haja diferença.

Previsão de orçamento do Vitória (e o aumento sobre o ano anterior)
2017 (A) – R$ 83.400.000
2018 (A) – R$ 102.000.000 (+22,3%)
2019 (B) – R$ 45.000.000 (-55,8%)
2020 (B) – R$ 52.000.000 (+15,5%)
2021 (B) – R$ 35.000.000 (-32,6%)

A receita total realizada pelo clube (e o aumento sobre o ano anterior)
2017 (A) – R$ 88.071.107 (-21,3%; -23,90 mi)
2018 (A) – R$ 87.013.000 (-1,2%; -1,05 mi)
2019 (B) – R$ 53.010.000 (-39,9%; -34,00 mi)
2020 (B) – Em andamento (divulgação até 30/04/2021)

A análise dos orçamentos dos clubes do NE em 2021: BahiaCearáFortaleza, Náutico e Sport.


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