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Estádio dos Aflitos

O estádio alvirrubro é o principal ponto para estancar a redução. Foto: Náutico/Instagram.

Em 2023, o Náutico volta a disputar a Série C após três campanhas oscilantes na segunda divisão. O impacto deste descenso era esperado, sobretudo na receita de transmissão na televisão, que sai de R$ 8 milhões para apenas R$ 1 milhão. Segundo o orçamento elaborado pela direção do clube de Rosa e Silva, a cota do Brasileiro terá o mesmo valor do Campeonato Pernambucano. Não devido a uma suposta valorização do Estadual, mas sim porque realmente há um hiato dos principais investidores para a terceira divisão.

Somando todas as fontes de receitao, o atual bicampeão de PE estima um faturamento de R$ 18,4 milhões, um dado apurado pelo repórter do NE45, Clauber Santana. Este número representa uma queda de 12,5% em relação ao orçamento da temporada passada. De forma precisa, a queda nominal é de R$ 2.643.363. Esse orçamento já foi apresentado ao Conselho Deliberativo, mas a aprovação só deve sair em fevereiro. Além da TV (-5,1 mi), a nova projeção também reduziu o quadro de sócios (-1,4 mi) e os patrocínios (-0,6 mi).

No sentido inverso, espera-se uma bilheteria bem maior em 2023, com a capacidade máxima librada nos Aflitos desde o início – em 2022 houve restrição pela Covid-19. Assim, o Náutico espera que o borderô vá de R$ 1,3 milhão para R$ 4,4 milhões, com aumento absoluto de R$ 3.160.000, ou +243%. Além da venda de ingressos mais robusta, o clube quer captar receitas com a Timbuzone, um espaço na área externa com experiências exclusivas ao torcedor alvirrubro. Nota-se a importância da “catraca” para sustentar a receita total. No 1º jogo oficial como mandante, contra o Caruaru City, foram 3.765 espectadores e R$ 49.130.

Despesa supera a previsão de receita

Em relação às despesas, o Náutico prevê um gasto total de R$ 18,9 milhões. Ou seja, daria um saldo negativo de R$ 500 mil. Porém, não necessariamente haverá déficit, pois o clube não estimou, por exemplo, quanto poderá ganhar na venda de direitos econômicos de jogadores, optando por um perfil conservador. O dado presente neste ponto específico, de R$ 552 mil, corresponde à parcela da venda de Jean Carlos, cuja transação ainda dispõe de gatilhos que podem fazer o Ceará pagar mais nos próximos meses.

A maior da fatia do custo operacional do clube, com 35%, será, claro, com o futebol, que vai demandar R$ 6,67 milhões até dezembro. Nesta despesa do futebol, há 2,4 mi para os atletas profissionais, 1,0 mi para funcionários e 338 mil para a base. A segunda fatia refere-se às despesas gerais, com R$ 5,01 milhões, com 1,6 mi destinado à operação dos jogos.

A evolução da previsão orçamentária do Náutico (e o aumento sobre o ano anterior)
2018 (Série C) – R$ 14.671.828
2019 (Série C) – R$ 14.977.880 (+2%; +0,3 mi)
2020 (Série B) – R$ 20.012.000 (+33%; +5 mi)
2021 (Série B) – R$ 12.200.000 (-39%; -7 mi)
2022 (Série B) – R$ 21.043.363 (+72%; +8 mi)
2023 (Série C) – R$ 18.400.000 (-12%; -2 mi)

As principais fontes de receita do Náutico em 2023 (% sobre o total)
1º) R$ 5,52 milhões (30%) – Direitos de transmissão na TV*
2º) R$ 4,46 milhões (24%) – Bilheteria
3º) R$ 2,78 milhões (15%) – Sócios
4º) R$ 2,00 milhões (11%) – Patrocínio
5º) R$ 920 mil (5%) – Marketing**
* Nordestão (2,0 mi), Copa do Brasil (1,4 mi), Série C (1,0 mi) e Pernambucano (1,0 mi)
** Timbuzone, TV Timba, bares, royalties e doações

Considerando o G7 do Nordeste, o Náutico foi o segundo a elaborar o orçamento de 2023. O primeiro, já com a divulgação oficial, foi o Fortaleza, com R$ 208 milhões. Confira aqui.


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