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Os dois nordestinos conheceram os seus rivais num sorteio na sede da Conmebol, no Paraguai.

A partir do novo formato nesta temporada, agora com grupos, Ceará e Bahia farão três viagens ao exterior na primeira fase da Copa Sul-Americana. As oito chaves foram definidas com 26 dos 32 times já conhecidos – os outros seis serão conhecidos em mata-matas distintos, com dois vencedores (da preliminar uruguaia) e quatro perdedores (da preliminar da Libertadores). Tanto no grupo do tricolor quanto no do alvinegro saíram times “a definir”, mas já com a certeza de que não serão brasileiros – e poderiam ser, pois Santos e Grêmio estão presentes na Pré-Libertadores.

O Bahia figurou no pote 2 do sorteio de 2021, devido à sua atual colocação no Ranking da Conmebol, em 67º lugar. E a bolinha do clube caiu no Grupo B. Assim, o clube terá pela frente o Independiente de Avellaneda, o maior vencedor da Liberta, com sete títulos, e bicampeão da própria Sula, em 2010 e 2017. Curiosamente, será o segundo ano seguido com o “Rojo” atuando no Nordeste – em 2020, num mata-mata na primeira fase, os argentinos perderam do Fortaleza, mas se classificaram com o gol fora de casa, no último lance. Novo jogo histórico.

O clube de Salvador também pegará o Guabirá da Bolívia, a apenas 300 metros de altitude e campeão em seu país apenas uma vez, em 1975, e um adversário uruguaio. Da capital Montevidéu. Fénix, com presenças na Libertadores, ou o novíssimo Montevideo City, do “City Football Group”, o mesmo grupo econômico que controla o Manchester City. Vale lembrar que só os líderes dos grupos avançam às oitavas da Sul-Americana, que ainda contará com os terceiros colocados dos oito grupos da Libertadores. Ou seja, o sarrafo da etapa subiu demais.

Em tese, considerando o novo regulamento, o Ceará parece ter mais chances de avançar. O vozão, que estava no pote 3, uma vez que aparece apenas em 262º lugar no ranking, também irá à Grande Buenos Aires, mas para pegar o Arsenal de Sarandí, menos tradicional, mas campeão da Sula em 2007. O vozão também pegará um boliviano. Neste caso, porém, com altitude elevada. O Jorge Wistermann, que foi o cabeça de chave do Grupo C, joga em Cochabamba, a 2.558 metros. Por fim, aguarda o perdedor de Bolívar de La Paz e Junior de Barranquilla. Em 2021 o clube de Porangabuçu disputará um torneio internacional pela 3ª vez, mas irá sair do Brasil pela 1ª – nas anteriores enfrentou Corinthians (1995) e São Paulo (2011).

A seguir, os oito grupos da Sula de 2021, com a formação pela ordem dos potes 1, 2, 3 e 4.

Grupo A – Rosario Central (ARG), Huachipato (CHI), 12 de Octubre (PAR) e o perdedor da chave E4 (San Lorenzo-ARG ou Santos-BRA)

Grupo B – Independiente (ARG), Bahia (BRA), Guabirá (BOL) e o vencedor da chave Uruguai 1 (Fenix-URU ou Montevideo City-URU)

Grupo C – Jorge Wilstermann (BOL), Arsenal (ARG), Ceará (BRA) e o perdedor da chave E3 (Bolívar-BOL ou Junior-COL)

Grupo D – Athletico-PR (BRA), Melgar (PER), Aucas (EQU) e Metropolitanos (VEN)

Grupo E – Corinthians (BRA), Sport Huancayo (PER), River Plate (PAR) e o vencedor da chave Uruguai 2 (Peñarol-URU ou Cerro Largo-URU)

Grupo F – Newell’s Old Boys (ARG), Palestino (CHI), Atlético-GO (BRA) e o perdedor da chave E1 (Libertad-PAR ou Atlético Nacional-COL)

Grupo G – Emelec (EQU), Deportes Tolima (COL), Talleres (ARG) e Bragantino (BRA)

Grupo H – Lanús (ARG), La Equidad (COL), Aragua (VEN) e o perdedor da chave E2 (Independente del Valle-EQU ou Grêmio-BRA)

Com seis rodadas, a fase de grupos deve ir de 20/04 até 27/05, já na porta da Série A – ou seja, o mata-mata já será paralelo. Pela participação nesta etapa, cada clube receberá US$ 900 mil da Conmebol. Convertendo pela cotação de 9 de abril (de R$ 5,65), chega-se a uma premiação de R$ 5,08 milhões. E a classificação às oitavas de final vale US$ 500 mil, ou R$ 2,82 milhões. Ou seja, é muito grana ao alcance, além, claro, da presença em um torneio internacional. Em toda a história da Sula, completando duas décadas, o NE chega a 23 participações, com sete clubes diferentes, o G7. Até hoje, o máximo alcançado foi nas quartas de final, três vezes.

Nº de participações nordestinas na Copa Sul-Americana até 2021 (23x)
1º) 8x – Bahia
2º) 5x – Sport e Vitória
4º) 2x – Ceará
4º) 1x – Fortaleza, Náutico e Santa Cruz

Campanhas nordestinas na Copa Sul-Americana
2009 – Vitória (oitavas)
2010 – Vitória (16 avos)
2011 – Ceará (16 avos)
2012 – Bahia (16 avos)
2013 – Bahia e Sport (oitavas); Náutico e Vitória (16 avos)
2014 – Bahia e Vitória (oitavas); Sport (16 avos)
2015 – Sport (oitavas) e Bahia (16 avos)
2016 – Santa Cruz (oitavas); Sport e Vitória (16 avos)
2017 – Sport (quartas)
2018 – Bahia (quartas)
2019 – Bahia (32 avos)
2020 – Bahia (quartas); Fortaleza (32 avos)
2021 – Ceará e Bahia (a disputar)

Histórico na Sula
Bahia: 30 jogos, com 13V, 5E e 12D; 34 GP e 26 GC
Ceará: 2 jogos, com 1V, 0E e 1D; 2 GP e 4 GC

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Fred Figueiroa e Thiago Minhoca):

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