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Camisa 10, Rodriguinho foi o nome do Bahia na decisão. Foto: Kely Pereira/AGIF, via CBF.

O Bahia brocou como há muito tempo não acontecia. Este foi um daqueles jogos que alimentam a memória do torcedor sobre reviravoltas possíveis no futebol. Afinal, após seguidas falhas em momentos decisivos, incluindo a ida da final, quando perdeu em casa e nos acréscimos, era preciso superar o então invicto Ceará, cuja defesa havia sofrido apenas 3 gols em 11 partidas.

O empate sem gols no 1T, com Thaciano desperdiçando duas ótimas chances seguidas diante de Richard, parecia aumentar a sensação de que o feito estava novamente além da conta de um time outrora dominante na região. O Bahia jogava com três desfalques na defesa (Luiz Otávio, Patrick e Nino) e o jogo estava mais perigoso que o anterior – e bem melhor de assistir.

Só que o cenário, enfim, passou a ser favorável no 2T, com gols das estrelas da equipe, o capitão Rodriguinho, num pênalti aos 18 (via VAR, correto), e do artilheiro Gilberto, num contragolpe com passe do camisa 10, aos 29. A vantagem atordoou o organizado vozão. O título do Bahia quase veio no tempo normal, mas Jael, ex-atacante do tricolor, marcou de novo no fim. Nos 90 minutos, o triunfo no Castelão foi no limite, com o 2 x 1 forçando a disputa de pênaltis, que não ocorria numa decisão regional desde 1994, na primeira edição!

Logo, mais tensão numa final extremamente equilibrada, envolvendo os dois melhores times do Nordeste na atualidade, em termos técnicos e econômicos. Se as estrelas baianas brilharam com a bola rolando, no desempate valeu de novo a presença jovem goleiro Matheus Teixeira, que já havia feito o mesmo na semifinal, também no Castelão, naquela mesma barra à esquerda das cabines. Ao defender o chute de Jorginho, que substituiu Vina só para isso, ele colocou orelhuda dourada na rota. Ainda que Thonny Anderson tenha desperdiçado logo depois, um pressionado Marlon bateu pra fora, e a vantagem seguiu caminhando até Conti, novamente. O zagueirão argentino, recém-contratado e símbolo de uma reconstrução tática tocada por Dado Cavalcanti, converteu e encerrou a série, 4 x 2. E o Bahia brocou valendo, lá.

Valeu o tetracampeonato da Copa do Nordeste, revertendo uma decisão nordestina após 23 anos e tornando-se o maior vencedor ao lado do arquirrival Vitória, além de retomar a vantagem histórica diante do vozão (agora, 26 x 25) e ainda relembrar a mística tricolor. Gol de Raudinei, gol de Rodriguinho, gol de Gilberto… gol de Conti. Parabéns, Baêa!

A campanha do campeão nordestino de 2021: 12 jogos, com 6V, 2E e 4D; 22 GP e 11 GC (+11).

Escalação do Ceará (melhor: Jael; piores: Naressi, Gabriel e Jorginho)
Richard; Gabriel Dias (Cléber, 37/2T), Luiz Otávio, Messias e Bruno Pacheco; Naressi (Fernando Sobral, intervalo), Oliveira (Marlon, 29/2T) e Vinícius (Jorginho, 45/2T); Lima, Felipe Vizeu (Jael, 29/2T) e Mendoza. Técnico: Guto Ferreira

Escalação do Bahia (melhores: 1 Rodriguinho, 2 Gilberto, 3 Matheus Teixeira)
Matheus Teixeira; Renan Guedes, Conti, Juninho e Matheus Bahia; Jonas (Galdezani,5/2T), Thaciano (Lucas Araújo, 27/2T), Daniel (Edson, 37/2T) e Rodriguinho; Rossi (Oscar Ruiz, 27/2T) e Gilberto (Thonny Anderson, 37/2T). Técnico: Dado Cavalcanti

Histórico geral de Ceará x Bahia (todos os mandos)
75 jogos
26 triunfos do tricolor baiano (34,6%)
24 empates (32,0%)
25 vitórias do alvinegro cearense (33,3%)

Os títulos oficiais do Bahia
1 Campeonato Brasileiro (1988)
1 Taça Brasil (1959)
4 Copas dos Nordeste (2001, 2002, 2017 e 2021)
49 Campeonatos Baianos

A análise do Podcast 45 Minutos sobre o triunfo do Bahia em Fortaleza:

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Abaixo, assista aos melhores momentos da final, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.


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