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A ordem das medalhas: começou com prata, seguiu com quatro ouros e terminou com prata.

Em Tóquio, o “Time Brasil” participou dos Jogos Olímpicos pela 23ª vez em 29 edições. E esta registrou o melhor desempenho da história do país, que contou com 302 atletas classificados para 2020. Atuando bem em diversas frentes, a delegação igualou o número de ouros estabelecido em 2016, com sete, e quebrou duas marcas do Rio, melhorando a colocação final, de 13º para 12º lugar, e o total de medalhas, de 19 para 21.

Nesta marca, que já deixa a expectativa sobre a próxima Olimpíada, em Paris, chamou bastante a atenção, desde os primeiros dias, as medalhas obtidas por atletas nordestinos em provas individuais. Ao todo foram seis pódios, com quatro ouros e duas pratas – ou seja, 57% de participação nos ouros nacionais. Começou com a prata da skatista maranhense Rayssa Leal, que tornou-se a mais jovem medalhista do país, com apenas 13 anos. Depois veio a farra do ouro. O primeiro deles com o potiguar Ítalo Ferreira, o primeiro campeão olímpico de surfe, modalidade que estreou no Japão, assim como o skate.

Na sequência, a vitória incrível da baiana Ana Marcela, que nadou 10 quilômetros em menos de duas horas. Outros dois baianos ganharam o título olímpico. Isaquias, o primeiro brasileiro a obter três medalhas numa edição, no Rio, enfim subiu no degrau mais alto, com o primeiro ouro brasileiro na canoagem. Pouco depois, no ringue, o pugilista Hebert Conceição proporcionou a maior virada do país numa final, com um cruzado no último round. Mereceu pra “c@#*$#*”! Por fim, a prata de Bia Ferreira (BA), também no boxe, numa luta decidida por pontos. Além deles, ainda tivemos mais quatro campeões olímpicos com o futebol masculino: Daniel Alves (BA), Matheus Cunha (PB), Nino (PE) e Santos (PB). Ao todo, dez medalhistas.

Na história, considerando só as provas individuais, já foram doze medalhas do NE, sendo 6 ouros, 3 pratas e 3 bronzes. A Bahia é o único estado com mais de uma medalha. Aliás, ganhou oito, ou 2/3. E olhe que a história ainda contabiliza duas pratas com desempenho 100% nordestino. Em 2008, em Beijing, a dupla formada por Zé Marco (PB) e Ricardo (BA) foi vice no vôlei de praia. Em 2016, no Rio, a dupla formada pelo baianos Isaquias Queiros e Erlon de Souza chegou em 2º lugar na prova C-2 1.000m na canoagem. Ampliando o recorte, então, seriam 6 ouros, 6 pratas e 3 bronzes, totalizando 15 medalhas geradas na região.

Analisando o quadro geral de medalhas no Japão, com o resultado final, o desempenho de 4-2-0 seria suficiente para deixar o Nordeste em 21º lugar. Numa comparação com os países sul-americanos de população semelhante, Colômbia (50,9 milhões) e Argentina (45,4 mi), o NE (57,3 mi) ficaria bem à frente, devido à ausência de ouro dos dois – mesmo somando as provas coletivas dos vizinhos. Os colombianos tiveram 4 pratas e 1 bronze, enquanto os argentinos ganharam apenas 1 prata e 2 bronzes. Partindo para uma comparação interna, este desempenho do NE foi superior a quase tudo o que o Time Brasil fez anteriormente em Olimpíadas, exceto 2004 e 2016. Um desempenho histórico, para guardar na memória…

A seguir, os rankings que deixam claro o desempenho brasileiro no Japão, o melhor até hoje.

Os cinco melhores desempenhos do Time Brasil por peso de medalha (ouro, prata e bronze)
1º) 2020: 7-6-8, Tóquio
2º) 2016: 7-6-6, Rio de Janeiro
3º) 2004: 5-2-3, Atenas
4º) 2012: 3-5-9, Londres
5º) 2008: 3-4-10, Beijing

Os cinco melhores desempenhos do Time Brasil por quantidade (nº absoluto de pódios)
1º) 2020: 21 medalhas, Tóquio
2º) 2016: 19 medalhas, Rio de Janeiro
3º) 2008: 17 medalhas, Beijing
3º) 2012: 17 medalhas, Londres
5º) 1996: 15 medalhas, Atlanta

Agora, a influência nordestina no desempenho esportivo nacional, com a sua maior parcela.

Os seis medalhistas individuais do Nordeste em Tóquio-2020
Ouro – Ítalo Ferreira (surfe M), de Baía Formosa-RN
Ouro – Ana Marcela Cunha (maratona aquática F), de Salvador-BA
Ouro – Isaquias Queiroz (canoagem C-1 1.000m M), de Ubaitaba-BA
Ouro – Hebert Conceição (Boxe peso médio M), de Salvador-BA
Prata – Rayssa Leal (skate street F), de Imperatriz-MA
Prata – Bia Ferreira (Boxe peso leve F), de Salvador-BA

A evolução das medalhas olímpicas individuais do Nordeste (ouro, prata e bronze)
1920-2008: Nenhuma
2012: 1-0-2 (3 medalhas)
2016: 1-1-1 (3 medalhas)
2020: 4-2-0 (6 medalhas)

As 12 medalhas olímpicas individuais do Nordeste (ouro, prata e bronze)
1º) 4-2-2 – Bahia
2º) 1-0-0 – Piauí e Rio Grande do Norte
4º) 0-1-0 – Maranhão
5º) 0-0-1 – Pernambuco
Sem medalha: Alagoas, Ceará, Paraíba e Sergipe

Leia sobre as conquistas dos ouros do NE
De Baía Formosa (RN), o 1º campeão olímpico na história do Surfe, lá nas ondas do Japão

Ana Marcela ganha o ouro na maratona aquática em seu 4º ciclo olímpico. Perseverou

Isaquias Queiroz ganha o ouro na canoagem e completa a sua galeria de medalhas olímpicas

Com virada incrível, Hebert Conceição leva o ouro no boxe; o 2º do Brasil, o 2º da Bahia


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